Um time com menos de 2 anos de existência já está fazendo uma coleção considerável de troféus. A INTZ começou em 2014 tentando chegar a elite do cenário e em 2015 já era considerado o time mais forte do Brasil.
Dia 2 de abril foi a quarta final seguida do CBLOL que a INTZ participa. O bicampeonato em cima do rival Keyd consolidou ainda mais o time como uma das maiores organizações de E-Sport no Brasil.
Repetindo o 3-0 de 2015
Assim como foi em 2015, a Keyd tomou um 3-0 da INTZ. Durante os três jogos, era bem nítido que a INTZ estava melhor preparada para os jogos. Diferentemente de 2015, Gabriel “Revolta” Henud não era o único jogador com experiência dentro do palco. Agora, Gabriel “Tockers” Claumann , Micael “micaO” Rodrigues, Luan “Jockster” Cardoso e Felipe “Yang” Zhao já haviam atuado em várias finais, incluindo a polêmica final do Wildcard na Turquia e também o Allianz Park, ambas em 2016.
Mesmo com um favoritismo e a parte da torcida ao seu lado, a Keyd não foi capaz de vencer a INTZ. Mesmo conseguindo algumas vantagens no início do jogo, a Keyd se perdia em suas condições de vitória e perdia lutas importantes durante as partidas.
Revolta + INTZ = Vitória
A equação é bem simples! Com Revolta, a INTZ nunca perdeu uma série no CBLOL. No primeiro Split do jogador pela INTZ, ele foi o destaque do CBLOL. Logo depois, o jungler aceitou o convite da Keyd e voltou para o time e após um segundo split fraco por parte da Keyd, Revolta se junta à INTZ novamente e vencem o terceiro Split.
Com a liderança dele dentro e fora de jogo, o time é mais confiante e decisivo. O melhor jungler do Brasil também é considerado o melhor jogador do momento por muitos especialistas.
Veja: Jogador em Destaque – Revolta
Um time com cinco destaques
Quando INTZ é o assunto, o jungler Revolta sempre será visto como a estrela do time. Mas nessa final foi bem possível ver que os cinco jogadores estão se destacando.
No primeiro jogo, Yang fez uma partida sensacional. Revolta comandou o segundo jogo, porém, o pilar de Jockster que prendeu o Takeshi facilitando um pick off incrível no Mid Game definiu a partida. Já no terceiro, micaO foi sensacional e o mid laner Tockers manteve o alto nível em todos os jogos da série, conseguindo inclusive deixar o Zed de Takeshi extremamente atrás no Farm contra seu Corki.
A INTZ é hoje um time onde qualquer jogador pode ser o destaque da partida. A condição de vitória do time pode ser modelada e alterada facilmente. Tockers pode ser a maior fonte do dano do time em alguns jogos assim como a Segunda maior ou até mesmo a terceira.
Na coletiva de imprensa perguntei para Tockers se já estava na hora da comunidade esquecer esse “Kami vs Takeshi” e começar a valorizar mais outros mid laners como ele e o TinOwns. Tockers respondeu que Kami e Takeshi conseguiram ficar fora da curva durante um bom tempo, porém, hoje nós temos vários mid laners que estão indo muito bem e jogando em um nível bem próximo. Não só ele e o Tin como também Brucer, e até mesmo o Rakin que está chegando agora pode apresentar um nível de jogo muito alto.
Uma coisa que ficou bem evidente nos jogos foi como a INTZ lutava melhor qualquer Team Fight. Eles tinham a paciência necessária para conseguir aplicar suas composições da melhor forma. Realizavam o desengage quando necessário e acompanhavam com o reengage no momento certo.
Destaque para os ultimates do Revolta com os Kindreds que definiu muitas lutas nos dois primeiros jogos.
O trabalho de uma Staff dedicada
Na equipe campeã temos uma Staff gigantesca de profissionais. Além do Coach Alexander “Abaxial” Haibel, o time também conta com o analista Peter Dun que já trabalhou com times da LPL.
O trabalho do psicólogo Claudio Godoi é também de extrema importância no acompanhamento dos jogadores.
Consegui conversar um pouquinho com ele e perguntei como é a preparação para uma final importante como essa e se existe diferença entre a preparação para jogos normais. Ele respondeu:
Então… Tem um pouco de diferença sim. Mas ao mesmo tempo é um trabalho contínuo que vem sendo construído com toda a equipe desde novembro. A preparação psicológica entra como uma parte do treinamento. Não é só o psicólogo estar lá e falar algumas coisas, envolve dedicação dos atletas em seguir as orientações, perceberem em si a hora de aplicar as técnicas psicológicas aprendidas e se ajustar quando perceberem que estão sendo invadidos por pensamentos que te tiram da “mentalidade correta” , por assim dizer.
Relembrando novamente a final contra a Keyd, a INTZ soube sempre ver suas condições de vitória durante as partidas. O time conseguia enxergar essas oportunidades e executá-las no momento certo.
Corrigindo os Erros
Para poder fazer diferente do ano passado, a INTZ precisa garantir a vitória no Wildcard e conseguir atuar no MSI. Com isso, o time irá jogar com os melhores times de cada região do mundo, e quem sabe, conseguir ótimas scrims durante sua estadia na China.
No #DepoisDoNexus, o top laner Yang comentou que dessa vez eles terão mais tempo para estudar os times. No ano passado, a INTZ precisou viajar logo depois de sua final contra a Keyd. Após a chegada na Turquia, os jogadores precisaram de realizar gravações para a Riot e logo depois jogar sua primeira partida.
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