A insatisfação da comunidade de LoL com as decisões da Riot sobre baús hextecs, passe de batalha, aparência de skins com preço extremamente elevado e sistema de promoções, parece ter se direcionado para uma figura da empresa: o atual CEO, Dylan Jadeja.
Em nova página do atual capítulo conflituoso da companhia, um jogador postou um abaixo-assinado no X (ex-Twitter) exigindo a remoção imediata de Dylan.
The immediate removal of Riot Games CEO Dylan Jadeja – Sign the Petition! https://t.co/wpiVBTPrAD via @Change
— thorny/nobby (@thornynobby) February 23, 2025
“O jogo tem ido ladeira abaixo”, diz petição
A iniciativa, que tem pouco mais de 4.000 assinaturas em 4 dias, cita diversos eventos que aconteceram desde quando Dylan assumiu o cargo, no final de 2023. Ela foi iniciada por um usuário identificado como Sam G., que descreve na site change.org o que motivou a abertura do baixo-assinado:
Por anos, League of Legends foi um dos maiores e mais amados jogos do mundo. Mas, sob a liderança de Dylan Jadeja, o jogo tem decaído em um ritmo sem precedentes. A Riot Games tem tomado decisões que priorizam o lucro em detrimento da experiência dos jogadores, e a comunidade está cansada de ser ignorada e tratada como se fosse apenas um número para gerar dinheiro.
League of Legends precisa de uma nova liderança. O jogo está perdendo sua identidade, e as prioridades do CEO não estão alinhadas com as da comunidade. Esta petição exige que a Riot substitua Dylan Jadeja por alguém que realmente entenda o que LoL deveria ser.
Não se trata apenas de recuperar baús hextech ou recompensas gratuitas, mas da integridade do jogo, que está sendo mal gerida. Os jogadores não são apenas uma fonte de dinheiro, mas uma comunidade que dedica tempo ao jogo. O LoL merece mais, os jogadores merecem mais e os funcionários da Riot também.

Sam deixa em seu perfil na plataforma um link para sua conta no X, que foi criada apenas para divulgar o baixo-assinado. Em seu perfil na rede social, ele postou um pedido de desculpas por estar “spamando” a petição, mas aponta que é apenas para buscar a mudança que julga necessária na Riot:
Peço desculpas antecipadamente para quem eu possa ter comentado duas vezes ou por qualquer coisa que possa ter feito, intencionalmente ou não, que tenha incomodado alguém. Estou apenas compartilhando o link com pessoas que parecem apoiar a mudança que queremos. Vou fixar esta postagem.
Apologies in advanced for anyone who I commented on twice or for anything upsetting that I may or may not have done. I’m just posting the link to anyone who seems like they would help support the change we want. I’m going to pin this.
— SammySamp (@samp_sammy00) February 24, 2025
A trajetória de Dylan até o cargo
O indiano-americano está há mais de 14 anos na empresa, onde foi CFO (diretor de finanças), e COO (diretor de operações). Foi presidente da companhia por mais de por 7 anos, até alcançar o cargo de Chefe Executivo de Operações, que vem desempenhando há quase dois anos.
Na época em que assumiu o cargo mais alto das operações da Riot, Dylan afirmou que queria tornar a empresa de jogos a “mais confiável e autêntica do mundo”, além de assegurar que não desconsideraria “a paixão e um cuidado profundo com os jogadores”.
Dylan tem passagem também pela Goldman Sachs, onde foi vice-presidente da famosa empresa do ramo financeiro por 7 anos. Toda sua formação foi feita nos Estados Unidos, com destaque para um MBA em Harvard.
Postura da Riot segue indefinida
Desde o fatídico Dev Blog, lançado no dia 7 de fevereiro, onde afirmaram que os baús hextecs não eram sustentáveis, a comunidade começou um motim nas redes sociais contra a empresa, algo que ainda tem sido visto nas postagens da Riot, como na divulgação das novas skins para o passe de batalha:
Existem assassinos. Existem guerreiros. E existem os Desafiadores. O PBE agora é a arena deles. pic.twitter.com/2YL8XyNMji
— League of Legends Brasil (@LoLegendsBR) February 19, 2025
Vale destacar também que, embora a petição já tenha conseguido um número bacana de assinaturas, é estimado que o LoL tenha quase 50 milhões de jogadores mensais, ou seja, as assinaturas representam um grão de areia em meio aos jogadores de LoL.
A Riot não se pronunciou sobre o baixo-assinado e as críticas recentes, tendo assumido uma postura de silêncio perante a comunidade.
Resta saber se a empresa pretende voltar atrás em alguma das decisões recentes e se Dylan Ladeja irá seguir na manutenção do cargo que ocupa.