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LoL: “Eu tive três grandes choques na minha carreira”, diz Revolta

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Se você acompanha e/ou acompanhou o cenário de LoL por um tempo, você já conheceu o Revolta. Seja o da Jungle, seja o streamer didático, seja o técnico do Ilha das Lendas Academy, o entrevistador do programa The Next Move, ou a mais recente Lenda do Ilha das Lendas.

O Mais Esports entrevistou o multifacetado Revolta para entender mais dos capítulos recentes como possível técnico da LOUD, técnico de uma nova geração e sendo parte da geração de streamers que quer salvar o cenário.

Na foto, Revolta, o mais novo mebro do Ilha das Lendas
Foto: Mais Esports

Janela Revolta – Coach da LOUD?

O ponto de partida desta entrevista foi entender a “janela” que Revolta passou, de quase técnico da LOUD, para de fato treinar um time nas classificatórias do Academy. Primeiro quis entender se a “chama” competitiva reacendeu.

Cara, eu recebi proposta de três times nessa janela de CBLOL pra atuar como coach, a que todos sabem foi claro, a da LOUD. A chama acendeu e tá sempre acesa, nunca acabou e acho que esse é o ponto. O diferente na proposta da LOUD, foi pensar em juntar o conhecimento, afinal quando você une o Tockers e eu, você está buscando o conhecimento que a gente tem. E quando assisto o CBLOL, eu penso: cara, esses caras não sabem fazer o que a gente fazia em 2016. É algo que pode ser um pouco de saudosismo, mas aí eu converso com o Mylon, Loop, Takeshi e todo mundo fala: a galera do CBLOL realmente não aplica o conhecimento.

Porque não aplicam, Revolta?

Talvez porque os melhores jogadores foram parando e o conhecimento não foi passado em termos de coaching staff. E por aqui também não aconteceu essa migração dos players para as staffs, como já acontece na LPL ou LCK. Então eu tenho vontade de ocupar esse cargo, mas é difícil, afinal hoje eu vivo uma vida muito estruturada como streamer e de rotina muito mais saudável.

Revolta também ressaltou dois pontos da proposta da LOUD que fizeram ele repensar:

No entanto, o que me chamou atenção na proposta da LOUD foi: eles entenderam o campo que estavam entrando, afinal eles foram a ORG que revolucionou a questão de influenciador, eles sabiam que não ia dar pra chegar com um salário pra um coach que não atua no ramo influencer, por exemplo. E o time deles também, porque eles querem ganhar e é claro: se você perguntar pra qualquer um do CBLOL se ele quer ganhar, ele vai responder que sim, mas os jogadores da LOUD fazem o que é preciso. Todo mundo quer, mas nem todo mundo faz o que é preciso, existe essa diferença e mais: o objetivo deles é ganhar no internacional, então eles iam precisar fazer muito mais e estavam dispostos a fazer este sacrifício, e isso foi o que mais me chamou atenção.

Revolta Coach (do IDL Academy)

O primeiro estágio do Revolta como membro do Ilha das Lendas foi o de coach do Academy do Ilha. Somando ao que já foi comentado, sobre os jogadores não aplicarem conhecimento, perguntei se teve algum momento em que ele teve um choque de realidade com os jogadores da nova geração.

Acho que tiveram 3 choques na minha carreira: o primeiro em 2017 quando entrei na Keyd, que tinham Esa e Takeshi que sempre achei muito bons, mas quando Yang e eu acho chegamos a gente não conseguia fazer nada. Parecia que a gente falava grego, e eles eram um time que sempre chegava nas finais, enchia o saco nos playoffs, mas existia a diferença de conhecimento e esse foi o meu primeiro choque.

Revolta na época de Vivo Keyd. Foto: Reprodução/Riot Games

O segundo choque foi em 2021 quando voltei para INTZ, e quando eu entrei eu já vi: não tá legal, o pessoal não sabe das coisas, tem alguma coisa errada.

E o terceiro foi no Ilha das Lendas. Quando eu cheguei lá a gente tinha Tockers e Yang, aposentados, o Flare e o Yuki aposentados recentemente e ex-Academy e o Accez que estava no CBLOL. E eu fiquei chocado, de verdade, com o tanto de coisas que eu via do Accez, Flare e Yuki em questão de jogo mesmo, comparado com o Tockers e Yang. Claro que a experiência conta muito, mas a base não vem tão munida de conhecimento quanto as pessoas talvez achem.

Revolta afirma que viu um pouco de Revolta no Accez também:

Inclusive conversei muito com o Accez no processo, por sermos jungler, e eu vi muita coisa nele que passei em 2013/2014. A gente conseguiu consertar algumas dessas coisas em pouco tempo pela boa vontade dele, e pela minha experiência. Só que muitas vezes não é sobre ensinar conceitos novos, e sim quebrar os conceitos já ensinados, que limitam o jogador. Essa foi a parte que eu mais foquei, em como quebrar o que foi mal feito.

Elementos do passado para entender o presente

Pegando a resposta anterior como gancho, perguntei se esse “bootcamp” na nova geração deu pra ele uma impressão de passo pra trás do cenário, e isto abriu uma nova janela na entrevista.

Revolta com a camisa da RED Canids e senta em frente ao computador
Revolta defendeu a RED Canids em 2019. Foto: Reprodução/Riot Games

Eu acho que há um buraco na nossa história que foi criado por uma narrativa errada, que foi o Exódia.

Revolta continua falando em como a narrativa do Peter no Exódia afetou o cenário:

Muito se atribui o trunfo do Exódia ao Peter (Dun), mas ele esteve com a gente em um split de dois anos em que se ganhou tudo, e nós passamos por um grande período sem coach, o Abaxial entrou quando eu saí, no segundo split. No primeiro split a gente passou inteiro sem coach, e o papel do Abaxial era muito sobre otimizar o time ao invés de ensinar LoL, ele trouxe muito conhecimento de fora – só que a partir do momento que a gente absorvia isso – a gente desenvolvia sozinho, não precisava ele desenvolver por nós. Então a gente facilitava o trabalho dele e ele conseguia agregar muito mais por causa disso, tanto em questão de jogo quanto fora de jogo, porque a gente tinha o esforço de jogar o treino, assistir o vod, conversar sobre isso, debater como time, se alguém não entende o conceito, a gente explicava e a gente evoluiu como conjunto individual ao mesmo tempo.

O Peter veio, trouxe muito conhecimento de fora e ajudou a quebrar nossas barreiras, a gente tinha batido num teto que era jogar no Brasil e ganhava tudo. Então era difícil a gente evoluir, o Peter adiantou muito essa evolução, eu sinto que hoje não rola isso. Eu tive muitos problemas nos meus últimos anos de carreira de 2019 até 2021, porque eu ficava puto se o jogador não sabia executar um champion e o coach e a ORG brigavam comigo, tipo: “ah você não pode fazer isso, quem faz isso é o coach” e eu ficava bolado. Então assim, o cenário mudou e eu não me adaptei a essa mudança, porque a minha forma de ver a competição não condiz com a forma que o cenário está vendo e por isso parei.

Revolta, por outro lado, afirma ter bons profissionais no cenário:

Temos bons coachs e bons jogadores, mas só jogar não basta. Pra competir no nível internacional você precisa ser bom competidor. Algo que, muitas vezes, a maioria das pessoas não entende.

Ilha das Lendas: um novo time, e um novo Revolta?

O Streamer agora é uma Lenda, eu quis entender como foi se adaptar – afinal – o conteúdo é uma referência de conteúdo mais didático, enquanto o Ilha é o entretenimento puro.

Como você citou, meu conteúdo é mais voltado pro didático e a comunidade do Ilha não está acostumado com esse lado, e é claro, lá no Gayssip a galera também vê meu outro lado do entretenimento, mas eu tô fazendo um teste recente agora com as transmissões de LPL e LCK, afinal pra você entender essas ligas você precisa assistir elas por um período, é um outro League of Legends. E eu tô tendo um feedback muito legal com isso, explicando pra todo mundo do chat entender – sejam eles ferro ou desafiante – o que tá acontecendo na tela dele.

Revolta
Revolta em seu projeto mais atual, The Next Move. Foto: Reprodução/Riot Games

Depois a mesma pessoa vê o CBLOL e vem falar no chat que conseguiu ver essa famosa diferença, isso é muito gostoso, então eu posso me comunicar com um público maior e talvez até gerar um interesse do público em aprender mais sobre LoL. O Ilha das Lendas é um canhão pra atingir a comunidade com qualquer coisa, seja boa ou ruim, então às vezes a gente pode inspirar o cara que tá no Grão-Mestre a querer entender mais do competitivo, e ele entrar de fato, e aí é uma pessoa a mais no cenário profissional.

Revolta tendo mais revoltas?

Algo que associamos na entrevista foi: o Revolta vive um clima mais ameno com o Ilha das Lendas, e isto ficou muito provando neste vídeo:

Revolta, você acha que pode ajudar a comunidade até ter um senso crítico maior? Usando esse vídeo de exemplo, você vê essa janela se abrir também?

Então, eu até falei no vídeo: eu prometi que nunca ia fazer isso, mas é um absurdo em 2024 a gente não saber isso, é bizarro. Eu não estava na transmissão, mas eu queria muito expor isso, e cara todo mundo gostou do vídeo e todo mundo conseguiu entender que eu estava indignado pela situação da INTZ e pelo quesito LoL e agora eu vejo: se um dia eu quiser falar sobre isso eu posso, ser mais didático do porquê o time está errado eu consigo, eu não preciso ser aquele cara chato. Podemos juntar o divertido e o inteligente, por assim dizer.

Algo que as pessoas não sabem é que o Baiano, quando ele chamou todo mundo, ele disse pra todos terem muito cuidado com o que a gente fala nas transmissões, exatamente pelo o que você falou do senso crítico: quando as pessoas querem criticar, elas só criticam e aí por não saber como, muitas vezes elas só repetem as coisas que já ouvem.

O futuro do Revolta

O que podemos esperar do seu futuro, Revolta? 

Uma das coisas que conversei com o Baiano, não é porque eu entrei no Ilha que os meus projetos são projetos para o Ilha das Lendas. Ao mesmo tempo, eu sempre vi dessa forma, quando eu entro numa parceria/time/grupo de pessoas pra mim eles são minha família – então se o Baiano vira pra mim e fala que gostou muito de um projeto X e pede pra fazer junto, isso já vira a minha prioridade, e a gente tá junto. Eu vou fazer coisas fora do Ilha, provavelmente daqui uns 2 ou 3 meses deve sair algo que eu to preparando que é pra comunidade.

Tem algum spoiler?

É algo que me pedem há muito tempo e eu sempre fui resistente, mas acho que a comunidade necessita e vai ser bom pra todo mundo e é algo mais voltado pro lado didático.

Finaliza Revolta, enquanto se inicia uma nova era na carreira do streamer.

Acompanhe a cobertura completa do CBLOL 2024 1° split com calendário de jogos, resultados, tabelas e outras informações aqui no Mais Esports!

Na foto, Revolta ex-jogador e Streamer sendo anunciado como o novo membro do Ilha das Lendas
Foto: Divulgação/N9ne Cats

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Sérgio Fiorini

por Sérgio Fiorini

Publicado em 07 de fevereiro de 2024 • Editado há 10 meses

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