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INTZ: Do pentacampeonato à crise e inatividade

League of Legends

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Fora das franquias da Conferência Sul do League of Legends a partir de 2025, fato apurado com exclusividade pelo Mais Esports, a INTZ atualmente encara a dura realidade da recessão econômica dos esports nos últimos anos, ampliada por má gestão de recursos e pessoas e, por fim, derrocada dos resultados competitivos.

Nos últimos meses, o Mais Esports conversou com diversos funcionários e ex-funcionários da organização para apurar os problemas vividos em 2024, a fim de esclarecer para a torcida Intrépida e a comunidade que a queda da gigante pentacampeã do CBLOL não foi um fato isolado, mas sim consequência de diversos fatores.

(Imagem: Criação/Mais Esports)

Do sucesso à derrocada financeira

Assim como boa parte do cenário global de League of Legends, a INTZ obteve muito sucesso pelo boom da modalidade entre os anos de 2015 e 2019, principalmente com os cinco títulos de CBLOL vencidos no período: 2015 (1º Split), 2016 (1º e 2º Splits), 2019 (1º Split) e 2020 (2º Split).

Com o mercado aquecido e empresas endêmicas e não-endêmicas (que não são nativas dos esports) de olho em atingir um novo público para consumir e engajar com as marcas, a INTZ sempre teve em seu rol de patrocinadores marcas presentes: Nvidia, Nimo, Twitch, Logitech, Fusion, Monster, LG, Claro, Lupo, entre outras.

CBLoL 2020 INTZ
O último troféu vencido pela INTZ, na Segunda Etapa do CBLOL 2020 (Foto: Divulgação/Riot)

A partir de 2021, com a saída da pandemia, o League of Legends e os esports no geral viram a chegada do que ficou conhecido como o “esports winter”, ou “inverno dos esports”. O evento foi uma mistura do afastamento de marcas, mercado inflacionado, mudança nos hábitos de consumo de marcas, eventos e conteúdos, além de más escolhas administrativas de pessoas e empresas do mercado. O dinheiro secou para a INTZ e para diversas outras organizações e desenvolvedoras.

O esports winter, somado à dura realidade que o sistema de franquias, trouxe também uma série de decisões equivocadas por parte da diretoria da INTZ, liderada por Lucas “Simon” e Rogério “Formiga”, que, segundo fontes do Mais Esports, foram o motivo da derrocada financeira da organização.

Vale lembrar que o custo para entrar no sistema de franquias do CBLOL foi de R$ 4,4 milhões.

A INTZ chegou a ter, em seu ápice, 14 modalidades ativas na organização. Muitas delas, segundo a apuração, contratadas sem qualquer tipo de planejamento a médio e longo prazo, apenas contando com o hype do momento e oportunidades que não se pagaram.

Fora isso, com os gastos crescentes em salários de jogadores e infraestrutura no mercado, a INTZ viu seu dinheiro ir embora até chegar a uma situação crítica. Segundo apurado pelo Mais Esports, decisões envolvendo a infraestrutura (como Gaming Office) e apostas de mercado da INTZ foram o principal motivo de uma “divisão” começar a ser formada entre Simon e Formiga no comando da operação.

No início do ano, em entrevista ao Mais Esports, Lucas Simon disse que “o ano de 2023 foi o maior erro na história da INTZ”, citando “tecnologias” para se referir ao foco e principal gasto da organização. A referida tecnologia, no caso, era uma plataforma que conectaria influenciadores (não apenas da INTZ) a marcas do mercado.

Segundo fonte do Mais Esports, o projeto era consistente e promissor, mas a INTZ não tinha braços, dinheiro ou expertise o suficiente para realmente avançá-lo, e não viu retorno algum por seus esforços, visto que a plataforma sequer foi ao ar.

A falta de patrocinadores para 2024

Um dos fatores que mais chamou a atenção do público e mídia no início de 2024 foi o fato de a INTZ iniciar seu ano competitivo sem patrocinadores. Mesmo com cinco títulos no currículo e elencos históricos no League of Legends nacional, a INTZ se viu “queimada no mercado”, segundo apuração, por sucessivas falhas em relacionamento, planejamento e entregas com marcas que haviam sido parceiras da organização no passado. “Há responsáveis por marcas que não querem ouvir o nome da INTZ nem pintado de ouro“, compartilhou uma fonte.

Fora isso, a INTZ não possuía uma equipe comercial grande o suficiente para criar projetos e nem um grande rol de ativos para oferecer, como influenciadores, redes sociais engajadas, resultados competitivos consistentes, etc. O time comercial contava apenas com uma pessoa.

Segundo apuração do Mais Esports, a organização chegou a oferecer gratuitamente espaços na camisa, mas mesmo assim não houve interesse do mercado em abraçar o projeto. Em outra circunstância, uma marca ofereceu um valor e o retorno da organização foi cobrar 2,5x o valor pedido, e a marca abandonou as negociações.

Sem receitas e com o preço de erros passados aparecendo constantemente durante o ano de 2024, o impacto financeiro da INTZ ficou cada vez mais evidente.

Uma nova diretoria “às cegas”

No início de 2024, Simon publicou no X que a INTZ havia convidado profissionais para trabalharem a nível executivo ajudando na reestruturação da organização. Também em conversa com o Mais Esports no início do ano, o CEO disse que o onboarding ainda estava sendo feito e iria ser anunciado. Cerca de dois meses depois, a INTZ anunciou a entrada de Willy Edel como CEO e Marcelo Ciccio como CMO.


Segundo a nossa apuração, antes mesmo do anúncio, cerca de dez profissionais de nível executivo e/ou investidor chegaram a participar da INTZ após Simon apresentar a organização, o histórico de sucessos e a visão de futuro, mas saíram logo após terem clareza do cenário financeiro no qual a organização se encontrava e seus motivos. Edel e Ciccio, inclusive, teriam se surpreendido com o panorama após serem apresentados oficialmente – ou seja, entraram na organização sem a clareza do problema financeiro e de mercado da INTZ, que era exclusivamente coordenado por Simon e Formiga.

O que se seguiu, internamente, foi uma tentativa de reestruturar a organização, mas sem transparência, eventualmente processos e despesas começaram a aparecer e minaram os poucos recursos que a empresa tinha, impactando não apenas o planejamento traçado pela nova diretoria, como também a única modalidade restante na INTZ, o League of Legends. Com contas congeladas, os atrasos salariais começaram a acontecer.

Distanciamento entre Lucas “Simon” e Rogério “Formiga”

O Mais Esports também apurou que os problemas administrativos e financeiros da organização foram o motivo de uma “ruptura” entre Simon e Rogério, que se evitavam na empresa e conversavam apenas pontualmente.

Enquanto Formiga sempre cuidou da parte operacional da INTZ, Simon sempre foi a figura pública da organização atuando como CEO e agregando funções em diversas frentes. Extremamente criticado pela torcida, Simon de fato se afastou da área competitiva da organização após a Primeira Etapa do CBLOL 2024 e, a partir de outubro, deixou por completo a operação da INTZ, após a organização ser informada que não estará na Conferência Sul a partir de 2025.

Com perfil mais operacional e distante dos holofotes, Formiga, que se manteve ativo mais pontualmente em questões de infraestrutura e operação de backstage, aos poucos voltou para o comando a partir do final da temporada.

O impacto competitivo

Das oito etapas de CBLOL disputadas na franquia, a INTZ só avançou para os playoffs na 2ª Etapa 2023. Em média, nas outras sete edições, amargou uma média de 8-9º lugar.

Os impactos financeiros, no entanto, impactaram a organização a partir do final do ano de 2023, quando dispensaram todos os jogadores e comissão técnica para depois recontratar Aoshi (técnico), Yampi e NinjaKiwi perto do fechamento da Janela de Transferências. Sem tempo, a INTZ ainda conseguiu trazer Tay e Damage como free agents antes de apostar em Aithusa em seu primeiro teste no CBLOL. Um elenco montado pela diretoria e sem o aval da comissão técnica.

Mudança de office

Também por necessidade de diminuir gastos e encontrar um local que condizia com a nova realidade da empresa, no final de 2023 a INTZ entregou o office que utilizavam desde 2018, localizado em Perdizes – local que depois foi escolhido pela Vivo Keyd Stars para o seu office atual. A diretoria Intrépida, no entanto, se viu envolvida em demoras contratuais e de reformas, e demorou para escolher um novo local adequado para a staff de backstage, técnica e jogadores, e o impacto foi direto no competitivo.

A INTZ começou o ano competitivo na Primeira Etapa do CBLOL 2024 treinando de casa, entrando no seu novo office, localizado na Barra Funda, apenas durante a segunda semana do campeonato. Foi uma mudança grande, saindo um office de quatro andares para um de um andar e que comportava menos pessoas do que o anterior.

O espaço, por exemplo, não comportava o elenco Academy, que treinou durante todo o ano de 2024 de forma remota, impossibilitando a troca de experiências e conversas entre os elencos e também impactou negativamente o elenco Academy, que terminou o ano com apenas uma vitória em 23 jogos disputados, amargando o último lugar nas duas Etapas.

Gaming House INTZ
O antigo office da INTZ foi inaugurado em 2018 e tinha espaço para até 30 atletas (Foto: Divulgação/INTZ)

Outro impacto competitivo sentido pela INTZ em decorrência do financeiro foi a perda de profissionais. No competitivo, a equipe perdeu fisioterapeutas, preparadores físicos, massagistas e nutricionistas de 2023 para 2024, mantendo apenas o psicólogo – este, a partir da quarta semana da Primeira Etapa.

Mudança de diretoria renovou o clima interno, mas não por muito tempo

A mudança de diretoria e as movimentações entre Etapas na equipe deram uma renovada no ar e na confiança abalada dos jogadores. “Willy era um cara mais presente e muito transparente com tudo que estava acontecendo na organização, diferente da diretoria passada“, comentou um membro da equipe ao Mais Esports.

Com orçamento ainda menor do que o da Primeira Etapa, a INTZ apostou nos empréstimos de Yupps (paiN Gaming) e Dioge (KaBuM eSports) para os lugares de Tay e Aithusa, respectivamente. Ambos contratos de empréstimo previam que a INTZ seria a equipe a honrar com os salários dos jogadores.

Vale destacar que a INTZ recebeu a recusa de diversos jogadores, mesmo free agents, devido ao momento e falta de confiança na organização.

Mesmo assim, renovada, a equipe começou o campeonato com quatro vitórias ao compreender melhor o meta, contar com a reorganização e volta ao trabalho dos adversários e também sendo salva por performances individuais.

Simon, que estava afastado do competitivo até então, voltou a figurar nas redes sociais comentando o desempenho do time, fato que irritou a equipe, que compreendeu suas ações como “querer surfar na onda” do sucesso competitivo.

O sucesso, no entanto, não durou tanto. A partir da terceira semana de CBLOL a equipe passou a perder partidas e foi despencando na tabela.

Atraso de salários e quebra interna da equipe

Em julho, os jogadores foram informados pelo CEO Willy Edel pela primeira vez que seus salários atrasariam. Apesar de parecer pontual, a situação foi se repetindo até os salários não serem honrados, fator que contribuiu para a queda de rendimento da equipe. Atualmente, a organização começou o processo de quitação de débitos com o elenco, que chega a cerca de quatro meses de salários, referentes a junho, julho, agosto e setembro de 2024.

Segundo o Mais Esports apurou, os atrasos geraram grande desconforto na equipe. A comissão técnica se sentia impotente ao cobrar os jogadores, sendo que nem a staff e nem os players estavam sendo remunerados pelo trabalho.

Fora isso, uma “divisão” entre os próprios jogadores aconteceu. Preocupados com os atrasos salariais e o panorama cada vez mais difícil no campeonato, alguns integrantes do elenco passaram a fazer comentários em tom sarcástico sobre a situação da organização nos bastidores, o que levou a quebras de confiança e relacionamento.

Na foto, a equipe da INTZ no CBLOL 2024
Embora tenha começado bem, a INTZ não demorou para desandar no CBLOL e novamente voltar para as últimas colocações (Imagem: Divulgação/Riot)

Com o elenco dividido, problemas entre jogadores e comissão técnica e também entre a ala competitiva e os diretores da empresa, a INTZ afundou na tabela conforme cada vez mais o jogo da equipe em Summoner’s Rift avançou para “cada um por si”. Tentativas individuais e, às vezes, coletivas, de mudar a situação, foram frustradas por mais derrotas e mais atrasos salariais.

Na penúltima rodada do CBLOL, a INTZ saiu da zona de classificação para os playoffs, não retornando mais e finalizando o campeonato na oitava colocação, com oito vitórias e dez derrotas – ainda assim a segunda campanha com mais vitórias da equipe desde o começo da era das franquias.

A aplicação para a Conferência Sul em meio ao caos

As mudanças para o competitivo e a nova Conferência Sul 2025 anunciadas pela Riot Games no meio da Segunda Etapa pegaram a INTZ desprevenida. Segundo apurado, a renovação em curso da organização e conversas com potenciais patrocinadores foram congeladas quase que imediatamente após o futuro da INTZ no League of Legends virar uma dúvida ao invés de certeza, como seria caso mantivesse a franquia do CBLOL.

A INTZ até chegou a apresentar uma proposta sólida de aplicação para a nova franquia, apoiando-se em novas perspectivas financeiras somadas ao histórico da organização na modalidade, mas não foi o suficiente. Os riscos financeiros atuais somados, depois, ao vazamento da dura realidade que a organização passa foram fatores decisivos para a recusa da INTZ na Conferência Sul, apurada com exclusividade pelo Mais Esports.

Imagem do CBLOL 2024 2° split
A INTZ não fará parte do CBLOL 2025, que se chamará Conferência Sul (Imagem: Divulgação/Riot)

Fontes do Mais Esports disseram, inclusive, que a organização “fecharia as portas em janeiro” caso fosse aceita da maneira que está. O melhor caso seria ser aprovada como convidada, visto que a Riot arcará com o buyout da franquia do CBLOL, ou seja, pagará um certo montante para as equipes que são parceiras atualmente, mas que não serão franqueadas no ano que vem.

Vale lembrar que para estar na franquia do CBLOL, as organizações tiveram que desembolsar uma quantia reportada de R$4,4 milhões a partir de 2021, essa que foi paga de forma parcelada.

Os valores deste buyout não são públicos, mas garantiriam um respiro financeiro ou até mesmo sanariam a dívida que a INTZ possui em diversas frentes. Através de consulta de dados públicos, a dívida soma quase R$ 500.000, mas segundo apuração do Mais Esports, a soma com dívidas fechadas e retroativas podem fazer o valor ultrapassar os milhões de reais.

Um futuro mais do que incerto

Imagem do astronauta da INTZ
Fora da Conferência Sul e com bastidores caóticos, a INTZ tem um caminho difícil para manter as operações nos esports (Imagem: Divulgação/INTZ)

Fora da franquia da Conferência Sul, com problemas financeiros, uma dívida ativa, com cerca de apenas sete funcionários (descontando os diretores), pendências salariais de jogadores, prejudicada no mercado de patrocinadores e, atualmente sem office após saírem da Barra Funda, a situação da INTZ é incompatível com o que torcedores se acostumaram a ver da equipe que levantou cinco troféus do CBLOL e ajudou a alçar ao patamar de campeão diversos jogadores que se transformaram em lendas no cenário de League of Legends no Brasil.

O resultado de diversos erros de gestão de pessoas e recursos mostrou suas caras a partir de 2023, quando o mercado já estava em recessão. Em backstage (comercial, conteúdo), cerca de 30 a 40% da força de trabalho saiu da organização entre 2023 e 2024. Quem ficou, agregou funções ao seu trabalho e “fez o que pode, mais por amor aos companheiros de trabalho e torcida do que pela liderança da organização”, segundo fonte do Mais Esports.

Também ouvimos através de diversas fontes diferentes que a INTZ não era um lugar que valorizava ou desenvolvia os seus profissionais, e por isso perdeu diversas pessoas e jogadores para outras organizações. Uma das fontes ouvidas também falou sobre um problema de comunicação que acontecia entre a gestão e staff:

Outra dificuldade era a comunicação. Raramente a staff recebia informações com antecedência ou éramos comunicados de mudanças, planejamentos ou tínhamos respostas sobre coisas que eram publicadas sobre a INTZ na imprensa e nas redes sociais

Os poucos recursos financeiros da organização foram o suficiente para não atrasar os salários das equipes de backstage, mas não foi o suficiente para evitar o atraso da equipe competitiva. Quando algum fluxo de caixa aparecia, rapidamente desaparecia para pagar outras contas e despesas da operação.

Segundo apurado pelo Mais Esports, até mesmo corte de energia no office da organização aconteceu pontualmente, já com a temporada finalizada, com o motivo sendo uma confusão contratual não-resolvida entre a INTZ e locatários anteriores do local. A energia foi reestabelecida no mesmo dia após a organização resolver a situação.

Fundadores da INTZ são apontados como principais culpados

Lucas Simon,. CEO da INTZ
Lucas Simon foi o dirigente da INTZ que mais interagiu em redes sociais (Foto: Divulgação)

Segundo fontes do Mais Esports, é impossível não focar grande parte da culpa da derrocada de uma das mais tradicionais organizações de esports do Brasil às figuras de liderança da INTZ, Lucas Simon e Rogério Formiga, visto que qualquer aspecto da empresa, seja competitiva, gestão de pessoas e financeiro eram lideradas por eles, ou eventualmente passavam por eles.

São caras que tiveram ideias disruptivas no começo da INTZ, e isso somado à sorte de apostarem em alguns jogadores e elencos que venceram os colocaram no topo, mas seus erros, falha e ego criaram esta bola de neve

A mesma fonte que disse a fala acima, também completou:

O Lucas percebeu que não dava para ele ser ‘o cara’ que ele achava que era, é uma relação ruim tanto para ele quanto para a INTZ. É um cara que só quer ser querido por todos, mas não é isso que você precisa ser para ser um CEO de sucesso, então eventualmente cobrou seu preço. Caso Rogério e Simon não saiam, a INTZ continuará a ser um fracasso no futuro

Todas as fontes, de forma unânime, isentaram as demais pessoas das equipes de backstage do momento crítico ao qual a INTZ chegou. “São pessoas apaixonadas pelo clube e que conseguiram tirar muito do pouco que a organização entregava para eles, principalmente falta de clareza com relação ao presente e o futuro”, completou a fonte.

O que espera a INTZ?

O futuro, de fato, é incerto. Estar no Tier 2 do League of Legends a partir de 2025 não era uma opção até a recusa da Riot sobre o Tier 1, mas mesmo agora, o rombo financeiro e a mancha no mercado podem atrapalhar o futuro da organização, que tem outras poucas opções para seguir.

Licenciar o nome da organização para outra empresa, apostar em uma diretoria nova para o Tier 2 ou até mesmo deixar o competitivo, mas mantendo a marca funcionando no cenário de agenciamento, influenciadores e/ou desenvolvimento de novos talentos, são algumas opções, tendo como exemplo o que a CNB faz atualmente. Ou ainda, a INTZ entrar em um período de inatividade enquanto sana suas dívidas através de entradas futuras de recursos, como o buyout da Riot sobre a franquia do CBLOL.

No caso de uma diretoria nova, isso considera a saída de Marcelo Ciccio, que publicou no seu perfil no X uma nota de saída, e também a apuração de que Willy Edel já deixou o cargo de CEO atual da INTZ.

Atualmente, a organização é comandada apenas por Rogério Formiga e uma pequena equipe que conta com pessoas da sua família, e que tem como objetivo central colocar as contas em dia sem a pressão de ter uma modalidade competitiva ativa. Estas quitações devem ocorrer dentro das próximas semanas, a começar pelos quatro meses de salários atrasados que foram quitados no início desta semana.

Este momento crava que a INTZ está entrando, pelo menos por alguns meses, em pausa em suas atividades oficiais como organização e marca – sem informações se irão retornar no futuro.

Procurados pelo Mais Esports para comentar os assuntos descritos nesta reportagem, Rogério Formiga optou por não se pronunciar neste momento, enquanto Lucas Simon não retornou o contato.


Nunca rebaixada, participante de 21 das 24 edições do CBLOL, pentacampeã, casa do Exódia e de diversos ídolos do cenário. A INTZ ascendeu do nada à glória máxima no competitivo brasileiro de League of Legends no decorrer de sua história.

A INTZ vai ganhar da EDG!”, gritavam Toboco e Tixinha há quase oito anos, no que é até hoje a maior vitória da história do competitivo brasileiro na modalidade.

Oito anos depois, este jogo é apenas uma lembrança.
E, por enquanto, é tudo o que temos da INTZ.

Imagem da logo da INTZ em um computador do CBLOL
Reprodução/Riot Games

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Bruno “LeonButcher” Pereira

por Bruno “LeonButcher” Pereira

Publicado em 05 de novembro de 2024 • Editado há 19 dias

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