Do Free Fire para a LTA Sul 2025 3º Split, a trajetória de Rabelo impressiona. O novo atirador da RED Canids precisou de um ano e meio no Circuito Desafiante para ser campeão no Tier 2 — e garantir vaga na principal competição de League of Legends da América Latina.
Em entrevista exclusiva para o Mais Esports, Rabelo falou sobre a trajetória em outra modalidade, e afirmou que teve seu primeiro contato com o LoL há dez anos atrás:
Eu jogava LoL antigamente, em 2015, e depois parei, fui para o Free Fire, etc. No fim da minha carreira lá, teve muitas mudanças de time e a gente estava jogando muito mal, minha mente estava bem conturbada.
Aí eu tive essa chama de novo, porque fui morar com um pessoal que também jogava LoL, e isso me deu muita vontade de voltar a jogar. Voltei do nada, fiquei muito bom do nada também e bateu essa vontade de migrar de vez pro jogo.
O jogador ainda afirmou que sua experiência como profissional lhe ajudou a ganhar tração na carreira no League ainda mais rápido:
Mano, minha transição foi bem tranquila. Tive muita ajuda nesse processo — desde arrumar time até se adaptar, etc — e eu peguei elo muito rápido também. Com certeza, acho que por eu já ter sido pró-player de outro jogo, eu meio que aprendi mais rápido, sabe?
Então eu absorvo conhecimento fácil e consigo executar com mais facilidade também, porque eu já tenho muita experiência de stage, mesmo que não seja no LoL, e também em treino. Então acho que isso ajudou muito, muito mesmo, já ter sido pró de outro jogo.

Confira, abaixo, mais trechos da entrevista de Rabelo.
Como foi jogar a estreia pela line-up principal? O Tockers falou na coletiva que você que pediu a Senna pro Jogo 3.
Mano, acho que minha estreia tá sendo bem divertida de jogar. Tô gostando bastante. É totalmente diferente do circuito, o nível é outro. Tô tendo que aprender muita coisa nova.
Sobre a Senna… eu sempre curti muito jogar com ela. Spamei bastante na off-season. Ontem mesmo, antes de dormir, joguei minha última soloqueue antes de vir pro stage hoje — e foi de Senna.
O fNb tava atrás de mim, telando minha soloqueue, e falou: “C*ralho, tua Senna tá muito boa, muito fod*, tu tem que jogar mais de Senna.” E isso ficou na minha cabeça.
Aí, no último jogo, apareceu um spot bom. Eu acho que eles também queriam pegar a Senna, se a gente deixasse passar. O Snaker, por exemplo, jogou bastante de Senna no último split. Então, era uma escolha boa pra eles também.
Provavelmente ele jogaria de Senna com Nautilus, inclusive. Mas eu sabia que ia mandar bem com ela no último jogo e que podia carregar.
O Tockers falou que vocês não tem tanta pressão interna por resultados. Porém, por conta da volatilidade da carreira de pro, você coloca pressão sob si mesmo?
Mano, com certeza é bem volátil ser pro. Tipo, se eu for horroroso, vou ficar sem time — não tem muito o que fazer. Então tem que dar a vida, de qualquer jeito, mesmo que a gente não tenha tanta expectativa de ser campeão agora.
A gente é muito rookie ainda, mas eu tenho absoluta certeza de que conseguimos, porque o nosso nível é muito bom. Individualmente, a gente manda bem demais. Minhas expectativas são bem boas. Honestamente, acho que a gente consegue disputar títulos.

Como foi voltar ao palco depois do título do Circuitão? Você teve um sentimento diferente?
No começo dos treinos, eu me senti bastante pressionado, porque o nível é totalmente diferente de uma coisa pra outra. E o Frosty, pra mim, é o melhor suporte do Brasil. Então eu tive que aprender muita coisa pra ter nível de jogar com ele. Mas eu curti bastante, e eu aprendo rápido as coisas, até.
Acho que não tô mandando tão mal, então foi bem tranquilo. A experiência de ter jogado a final do Circuitão no stage me ajudou bastante também, porque não foi a primeira vez que eu joguei no stage de LoL. Então acho que não tô sentindo muita pressão… e vou mandar bem.
Como tem sido trabalhar com o Tockers e o BellzzY? Como é a dinâmica entre vocês?
Mano, pra mim, o Tockers é mais voltado pro time como um todo, tipo head coach mesmo, ele fala sobre muita coisa. O BeellzY, como já é position coach, é mais focado em bot lane. Ele é o que mais tem me ajudado.
Eu acho que não tô mandando tão mal, comparado a jogar LTA, mas, tipo, as coisas que o BeellzY fala… eu vejo que ainda não tô jogando tudo o que ele ensina, na verdade.
Porque o BeellzY tem um conhecimento absurdo. Ele fala tanta coisa, mas tanta coisa, que às vezes eu me perco com tanta informação foda que ele tenta me passar. Então, eu acho que o BeellzY tem uma parte enorme nisso, e o Frosty também. O BeellzY e o Frosty me ajudam demais, e eu ainda tenho muito pra aprender com os dois.

Você acredita que esse é um projeto a longo prazo, para construir um novo núcleo de jogadores?
Com certeza. Eu acho que esse time é mais do tipo que vai se manter junto por muitos splits, ir melhorando cada vez mais e alcançar um nível bizarro.
Mas, independentemente de sermos um time focado em evolução ao longo do tempo, eu não acho que a gente não tenha chance de ganhar esse split. Acho que temos chance, sim. Então, tô bem confiante no geral.
Um último recado para quem te acompanha desde o Free Fire e vai torcer por você na RED?
Mano, eu queria agradecer a todo mundo que me acompanha e me apoia, porque, tipo, é muita gente, muita gente mesmo que eu não esperava, e também muita gente que eu conheço há muito tempo do Free Fire.
Eles me mandam muita mensagem, me apoiam bastante, torcem muito por mim. Então, eu fico bastante agradecido por eles estarem me acompanhando e me apoiando. Obrigado pra todo mundo.
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