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Maior nome do cenário, brTT anuncia pausa do competitivo após 6 títulos

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Durante o Prêmio CBLOL 2021 nesta terça-feira (23), o maior nome do cenário competitivo de League of Legends do Brasil e maior campeão, brTT anunciou que fará uma pausa das competições após conquistar seis títulos nacionais, ao menos um por cada time que defendeu, além de diversas campanhas internacionais. Apesar disso, ele anuncia que irá continuar na paiN para o próximo ano.

O jogador fez um discurso e revelou que nos últimos dois anos teve um grande cansaço mental, chegando a ficar sem motivação para continuar competindo. Mesmo ganhando o primeiro split deste ano, ele não se recuperou do desgaste, causado por vários fatores, incluindo término do seu relacionamento e o formato de partidas online do CBLOL.

brTT ressaltou que o boxe e a música ajudaram ele  a sair desse “buraco”, mas que ao longo do ano ele percebeu precisar tirar um tempo para descansar. Dessa forma, o jogador confirmou os rumores e dará uma pausa da carreira de jogador competitivo, não competindo no primeiro split de 2022. Assista ao discurso do brTT:

Carreira de brTT no competitivo brasileiro

O atirador ídolo da paiN Gaming atuou profissionalmente no LoL durante nove anos, quando começou na mesma paiN, em 2012. Conquistou seu primeiro título brasileiro pela equipe no ano seguinte e disputou o IWC para tentar a classificação para o Mundial, mas brTT e companhia foram derrotados na Final pela Gaming.Gear, da Lituânia.

Em 2014, brTT se transferiu para a Keyd Stars, onde junto com os coreanos Winged e Suno, conquistou mais um título brasileiro, a Série dos Campeões, desbancando seu ex-time, a paiN Gaming, na decisão. Apesar disso, no ano de 2015, brTT voltou a defender as cores da paiN.

Novamente defendendo os Tradicionais, Felipe Gonçalves formou uma das lineups mais lembradas até hoje pelos torcedores da organização, composta por Mylon, SirT, Kami e Dioud.

brTT CBLoL paiN
brTT comemora seu terceiro título (Foto: Riot Games)

Juntos eles conquistaram o 2º split daquele ano, foram campeões invictos do Desafio Internacional e fizeram o que é, até hoje, a melhor campanha de um time brasileiro em um Mundial de LoL: duas vitórias na Fase de Grupos.

2016: Reserva na paiN e futuro de brTT incerto

Depois de um ano memorável, a paiN teve problemas para encontrar um suporte para o lugar de Dioud, e acabou contratando o streamer, Picoca. Depois de uma campanha ruim no CBLOL, e a vontade de brTT de não morar mais na Gaming House da paiN, o jogador foi colocado na reserva, para a chegada de Tay.

Passando todo o 2º split na reserva da equipe, brTT enfim deixou a organização no fim do ano, quando se transferiu para a RED Canids. Na Matilha, logo no seu primeiro split, junto com Robo, Nappon, Tockers, Yoda, Sacy e Dioud, conquistou seu quarto título nacional e representou o Brasil no MSI.

A Red Cainds conquistou to título do 1º split do CBLOL 2017 (Foto: Riot Games Brasil)

Chegada do Rubro-Negro

Depois de passagem vitoriosa na RED, o atirador agora tetracampeão do CBLOL foi defender o time do coração no futebol (mas que dava seus primeiros passos nos Esports), o Flamengo.

Dando um passo para trás e indo disputar o Circuito Desafiante pela primeira vez, brTT chegou à decisão do torneio, mas mesmo com um elenco estrelado, não conseguiu o título e teve que decidir o acesso na Série de Promoção, contra a Team oNe. Foi só depois de uma série de cinco jogos, que brTT pôde comemorar a volta à elite.

brtt cblol 2019
brTT reverencia a torcida do Flamengo após conquista do título (Foto: Riot Games/Reprodução)

Pelo Flamengo, o “pai” disputou diversas finais de campeonatos. Além da primeira no Circuitão, brTT e companhia ainda disputaram três de CBLOL e conquistaram um título, no 2º split de 2019, no Rio de Janeiro. A conquista também rendeu mais um risco no rosto do atirador, tatuagem onde ele conta os troféus nacionais erguidos.

Retorno à paiN e 3ª passagem de brTT

 

BrTT voltou à paiN Gaming em 2020 para sua terceira passagem num “Dream Team”, com Tinowns, esA e Yang, além dos sul-coreanos vindos diretamente da LCK, Seonghwan e Key. Os estrangeiros, no entanto, não corresponderam às expectativas e a paiN amargou mais um split fora dos playoffs.

Para a segunda etapa, já totalmente remota por conta da pandemia, a paiN trocou os coreanos por uma dupla de brasileiros: Cariok e esA, além de Robo que veio para o lugar de Yang. As trocas surtiram efeito e a Tradição ficou em 1º lugar na Fase Regular, derrotou a PRG nas semis e retornou a uma final de CBLOL depois de quatro anos.

Mesmo assim, isso tudo não acabou sendo suficiente, e brTT terminou o ano com mais um vice-campeonato, agora pela paiN.

Começando o ano de 2021 e a paiN fez somente uma mudança: saiu esA para a chegada de Luci, escolha pessoal de brTT. Novamente, a mudança deu certo e a equipe, apesar do começo turbulento, conseguiu chegar aos playoffs do CBLOL. No mata-mata, o primeiro “Reverse Sweep” da história da competição contra a LOUD, depois passaram pelo Flamengo em mais uma série de cinco jogos, chegando em mais uma Final, para enfrentar a Vorax.

Na decisão, exceto pelo Jogo 1, o domínio foi total da paiN, que conquistou seu terceiro título na história, o sexto de brTT, que cravava ainda mais seu nome na história como o jogador que possuía mais títulos do que qualquer outro e qualquer organização no país.

No MSI deste ano, a paiN foi com bastante hype da torcida e até emplacou bons jogos contra os campeões europeus, a MAD Lions, mas as duas vitórias contra os turcos, apesar de positivas, não foram o bastante para brTT e companhia se classificarem à próxima etapa.

“Last Dance”

paiN time MSI 2021
A paiN foi o Brasil no MSI 2021 (Foto: Riot Games)

O 2º split começou e a paiN veio como era esperado: dominando o cenário brasileiro. Apesar do bom momento e a classificação direta às semifinais do CBLOL, brTT e companhia davam sinais de despedida. Em algumas declarações à imprensa e aos programas da Riot, o atirador chegou a mencionar que “nada durava para sempre” e que o elenco estava focado em curtir os últimos momentos, já que provavelmente não ficaria junto para a próxima temporada.

O clima de despedida acabou sendo permanente, já que logo nas semifinais, a paiN foi derrotada pela Rensga, e logo na Janela de Transferências, Luci e Robo já se despediram da equipe, enquanto Tinowns está com tudo certo para defender a LOUD.

Veja também: CBLOL 2022: Torneio voltará a ser presencial e tem possibilidade de torcida já no 1º split

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Vitor Ventura
publicado em 23 de novembro de 2021, editado há 2 anos

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