A Unicorns of Love não conseguiu repetir o bom desempenho em palco internacional e está eliminada do MSI 2021. Após encarar um dia cheio, com cinco partidas neste domingo (9), a equipe campeã da Rússia ficou de fora graças à derrota para a Pentanet no Desempate.
Após e eliminação, o meio da UOL, Nomanz, conversou com o Mais Esports sobre o mau desempenho de sua equipe, ao qual ele atribuiu em parte à má leitura do meta do MSI, além da surpresa pelo nível e postura da Pentanet, o adversário direto por uma vaga na próxima fase da competição.
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“Quando nos preparamos para os jogos contra a Pentanet, pensamos que o top laner deles era o ponto fraco do time e que o BOSS iria ter vantagem sobre ele e ser um ‘super carregador’, stompando o top, depois descendo para o mid e stompar o mid também, mas o jogador deles foi muito bem e o BOSS não conseguiu a vantagem”, explicou Nomanz.
O Meio também menciona os pick de Zed “no blind” por parte da PGG, ou seja, sem saber qual seria o matchup na mid lane, além da Samira, o que surpreendeu a todos os jogadores da UOL. “Nós jogamos muito mal, eles foram muito bem, eles nos surpreenderam com muitas coisas, especialmente com aquela Samira, ela ficou muito forte.”
Dificuldade de times Wildcard em achar treinos é real
Já que a Unicorns of Love vem de uma região Wildcard, assim como o Brasil, Nomanz também falou das dificuldades em se achar parceiros de treino durante o MSI, campeonato que, naturalmente, possui menos times que o Mundial.
“[o que os jogadores brasileiros falaram] é verdade. Quando eu estava no MSI 2019 (pela Vega), ninguém quis treinar conosco. Ninguém mesmo, então não treinamos por duas semanas e aí fomos jogar partidas oficiais. A UOL tem uma boa reputação, então dessa vez não foi difícil de se achar bons treinos. Estávamos jogando com as melhores equipes do torneio, não sempre, mas ainda jogamos”, conta.
Ele confirma ainda a versão do topo brasileiro, Robo, de que no Mundial é realmente mais fácil de se conseguir treinos. “É mais fácil porque tem muito mais equipes, mas definitivamente é difícil para as equipes Wildcards.”
O grande problema dos Wildcards, segundo Nomanz
Ainda no tópico, ele deu sua visão sobre os problemas das regiões minors, baseando-se em sua experiência na LCL. “O problema dos Wildcards é que você não consegue bons treinos durante o split. Nós somos da LCL e as equipes da LEC não treinam conosco, só os da parte debaixo.”
“A LCL é o campeonato mais fácil, porque somos um time melhor do que todos e temos jogadores melhores, ganhamos o split, mas aí vem a parte difícil do ano. Você tem de duas a quatro semanas até os jogos internacionais e você tem que melhorar muito, é loucura o quanto você precisa evoluir, temos que jogar 14 horas por dia para acompanhar os melhores do mundo”, desabafa.
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“Essa é a parte mais triste para as equipes Wildcard, especialmente para a LCL. Claro, não posso dizer por outras regiões, nunca joguei por elas. Mas você consegue evoluir somente no MSI e no Mundial, quando equipes boas treinam com você, porque elas não treinam durante o split”, encerra Nomanz.
Carinho pelo Brasil e foco no Mundial
O jogador campeão da LCL se despede, mandando uma mensagem de carinho ao Brasil, e torcendo para que sua equipe vença novamente o split e vá ao Mundial.
Com a conclusão do Grupo A, já temos duas equipes garantidas no Hexagonal: RNG, que terminou a Fase de Grupos invicta, e a Pentanet, da Oceania. Os jogos do MSI seguem nos dois próximos dias, com a resolução dos Grupos B e C, respectivamente.
Você confere a cobertura completa do MSI aqui no Mais Esports.
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