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Opinião: Independente do resultado, paiN voltou ao protagonismo do LoL brasileiro

League of Legends

Calma, calma… Eu sei que você pode pensar “como que uma organização com uma das maiores torcidas do Brasil, com o engajamento que tem tanto nas redes sociais, como nas batalhas de hashtags há anos, pode um dia ter perdido o protagonismo?” E está certo, por esse lado, a paiN é protagonista há muitos anos.

Porém, o que vou abordar aqui é o protagonismo competitivo, o desempenho dentro de Summoner’s Rift.

foto do time da paiN Gaming no CBLOL 2022
A Final do 1o split de 2022 será a sétima na história da organização (Foto: Riot Games)

paiN coadjuvante no League of Legends

Quando começou a derrocada competitiva da paiN? Mesmo depois de ter perdido seu principal nome para a RED Canids, o atirador brTT, a organização ainda manteve Mylon, SirT e Kami na lineup, o que certamente chamava atenção, já que eram nomes queridos pela torcida (e são até hoje).

Com Tay e Zirigui formando a bot lane no 2o split de 2016, os Tradicionais chegaram até as semifinais do CBLOL e enfrentaram o melhor time brasileiro da época, a INTZ. Mesmo assim, Kami e companhia conseguiram levar o Exodia ao limite, numa série que só acabou no quinto e último jogo, com vitória intrépida.

paiN Gaming CBLOL 2017
O 2o split de 2017 foi o último de Mylon e Kami como jogadores profissionais (Foto: Riot Games)

No ano seguinte, agora com Tay no lugar de SirT e Matsukaze na posição de atirador, a paiN chegou às semis do 1o split, perdendo justamente para a RED de brTT e Dioud, mas na etapa seguinte, a vitória por 3×1 colocou os Tradicionais na Grande Final mais uma vez, enfrentando agora a Team oNe.

Mesmo favorita, a equipe não conseguiu acompanhar o ritmo dos Golden Boys e ficou com o vice-campeonato.

O início “estranho” de 2018 e rebaixamento

Com o fim do CBLOL em 2017, grandes mudanças vieram para a paiN: Kami decidiu se afastar, assim como Mylon. Com isso, a organização trouxe Tinowns para a mid lane e Takeshi para a top lane, um movimento que surpreendeu a muitos na época.

Apesar disso, os Tradicionais começaram bem a temporada, vencendo a mesma Team oNe na abertura do split e tendo bons jogos contra os outros adversários, mas sempre algo não encaixava. Sempre, semana após semana, algum detalhe crucial passava batido pela equipe e as derrotas começaram a se acumular.

paiN Gaming
Equipe de 2018 foi rebaixada ao Circuito Desafiante (Foto: Leonardo Muraoka – paiN Gaming)

Acumularam num nível, que eles não conseguiram sequer vencer a PRG, que era concorrente contra o rebaixamento, assim como a ToNe. No fim da Fase Regular, os Golden Boys conseguiram ultrapassar a paiN, que não venceu seu jogo contra a RED Canids e foi oficialmente rebaixada para o Circuito Desafiante.

Para este que vos escreve, esta foi a derradeira queda, não só de divisão, mas também ao protagonismo competitivo da org.

Título do Circuitão não foi o bastante

Depois de passar um split sem conquistar o acesso e ainda com o vice do Circuito Desafiante, a paiN Gaming enfim voltou à elite no começo de 2019 e voltou com hype, pela forma que jogava “ser nível de primeira divisão e até melhor”. Porém, o restante do ano foi de inferno ao “céu”, pois no seu retorno, a equipe não se classificou aos playoffs do CBLOL, inclusive tendo uma campanha com mais derrotas do que vitórias.

paiN - Superliga 2019
Título da Superliga de 2019 fechou a temporada para a paiN (Foto: Vitor Ventura/Mais Esports)

Porém, o céu ainda veio com o título da Superliga ABCDE, com Tinowns jogando muito bem após um bootcamp na Coreia do Sul, o que deu esperanças para a torcida de um 2020 melhor.

Time de estrelas, mas novo fracasso

Para o começo de 2020, um antigo sonho da torcida se tornou realidade: a equipe trouxe brTT de volta, para sua terceira passagem. Não só isso, ainda trouxe um treinador sul-coreano e dois jogadores vindos diretamente da LCK, uma das ligas mais fortes do mundo. Xero, Seonghwan e Key vieram e prometeram revolucionar o cenário, mas o que se viu, foi bem diferente.

Seonghwan paiN CBLoL 2020
SeongHwan durante o CBLoL com a paiN, em 2020 (Foto: Riot Games)

Não tanto em relação ao treinador, que segue no time e é bastante elogiado por jogadores e por seu colega de staff, Dionrray, mas os jogadores deixaram a desejar e os Tradicionais amargaram mais uma campanha com mais derrotas do que vitórias, novamente fora dos playoffs.

Por isso, acredito eu, a paiN ainda não havia recuperado o protagonismo competitivo. Foi feita uma tentativa grande, ousada, mas que não rendeu frutos, mesmo contando com grandes nomes, como Yang, brTT, Tinowns, e afins.

O lampejo e início da volta

Para o 2o split de 2020, mais uma reformulação: continuaram somente Tinowns e brTT, Yang e a dupla coreana deixaram o time, que trouxe Robo, Cariok e esA. Isso fez com que a paiN mudasse da água para o vinho e saiu de um time que ficou fora dos playoffs em dois splits seguidos, para líder da Fase Regular e finalista da etapa.

Robo paiN CBLOL 2020
A organização voltou a uma Final de CBLOL em 2020 (Foto: Riot Games)

Porém, infelizmente para a organização e a torcida, o título não veio, mas já foi um lampejo do que estaria por vir. A paiN em 2020, mesmo sem conquistar o CBLOL, voltou a uma final depois de três anos e chegou perto de ser campeã pela primeira vez depois de 2015. Um caminho se mostrou e precisava ser seguido.

Diante da evolução de performance e a batida na trave, a org só fez uma mudança para a próxima temporada: esA deixou a lineup, para a chegada do sul-coreano, Luci, já conhecido pelos brasileiros, adaptado ao país e pedido pessoal de brTT, com quem foi campeão no Flamengo.

O peso psicológico

Mesmo com a confiança em cima e com um time que tinha tudo para vingar, o começo de 2021 foi mais complicado do que o esperado. Inegavelmente, a paiN Gaming vivia uma seca de títulos que precisava ser sanada e parecia que isso ia para dentro do Rift, a pressão e a sede da torcida, que sempre apoiava a equipe, mas também pesava no elenco.

Tanto que, ainda no primeiro turno do 1o split do CBLOL 2021, a equipe contratou uma psicóloga, Luciana, e parece que sua chegada mudou o clima de cobrança para melhor. Prova disso é que, depois de sua contratação, a paiN venceu nada menos que oito de dez jogos e se classificou aos playoffs em 5o lugar.

paiN time MSI 2021
A paiN representou o Brasil no MSI 2021 (Foto: Riot Games)

De acordo com o formato, a brTT e companhia enfrentariam a LOUD nas Quartas de Final e parece que o peso voltou a assombrar o elenco, que de forma irreconhecível, perdeu os dois primeiros jogos da Md5. Depois de uma conversa séria, a paiN voltou a jogar como antes e realizou o primeiro Reverse Sweep da história do CBLOL, derrotando os rivais por 3×2 e partindo para as semifinais.

Nas semis, a performance se manteve em alta, mas mesmo assim a vitória veio em outra série de cinco jogos bastante disputada. Contudo, era mais uma final para a org, a segunda seguida, agora diante da Vorax.

paiN volta ao topo

Mesmo perdendo o Jogo 1, a paiN dominou os próximos e se sagrou campeã do CBLOL e, finalmente, pôde tirar o peso da fila de seis anos das costas, além de também poder representar o Brasil em um torneio internacional novamente.

A vitória alavancou a equipe também em nível internacional, mesmo não tendo uma campanha no MSI brilhante, as atuações individuais dos jogadores, em especial de Robo e Tinowns, chamou atenção e arrancou elogios de jogadores de grandes regiões, como a Europa, representada pela MAD Lions na época.

brtt título paiN
brTT segura o troféu do primeiro split do CBLOL em 2021 (Imagem: Reprodução)

O hype, portanto, foi mantido para o split seguinte e os Tradicionais se classificaram novamente ao mata-mata, desta vez em primeiro lugar, indo direto para as semifinais. Contudo, mesmo com todas as expectativas, a equipe de brTT e companhia foi surpreendida pela Rensga e não foi a mais uma Final. Mesmo assim, diante dos resultados de Fase Regular e nos últimos splits, víamos uma nova paiN surgindo.

Novo elenco da paiN e protagonismo sacramentado

Em entrevista recente ao Mais Esports, o fundador e CEO da G2, Carlos “ocelote”, declarou que a principal qualidade que uma organização deve ter é a de reformular todo o seu elenco e ainda se manter relevante, competitivamente falando. Esta qualidade foi demonstrada pela paiN em 2022.

Robo e Tinowns acabaram saindo de forma conturbada da organização, Luci se transferiu para a LLA depois que brTT anunciou sua pausa na carreira, ficando somente Cariok da antiga lineup. A organização, então, se viu diante de um desafio: como reformular o elenco, substituindo jogadores com tamanha qualidade individual e hype midiático? A resposta foi apostar quase num 50/50, tanto em nomes já consagrados, como talentos em ascensão.

A bot lane veio da vice-campeã, Rensga, Trigo com sua primeira grande oportunidade no LoL brasileiro, e Damage, que mesmo jogando o CBLOL há anos, enfim era um destaque na equipe. Na top lane, Wizer que já havia jogado (e muito bem) no Brasil, além de Dynquedo, que buscava se renovar e sair da sombra do ano de 2018.

paiN CBLOL 2022
Mesmo reformulada, a equipe conseguiu mais uma Final do CBLOL (Foto: paiN Gaming)

Em uma narrativa parecida com a do 1o split de 2021, a paiN não começou o CBLOL bem e teve que correr contra o tempo para se classificar ao mata-mata. Porém, as vitórias convincentes sobre FURIA e, principalmente, a KaBuM! por 3×0, levaram a organização à sua terceira final em quatro splits.

Por isso, diante dos resultados desde o 2o split de 2020, além da reformulação no elenco no meio do caminho, acredito ser possível cravar: independentemente do resultado do próximo sábado contra a RED Canids Kalunga, a paiN Gaming oficialmente voltou a ser protagonista competitiva no League of Legends brasileiro.

Claro que uma vitória e a conquista da quarta taça seria a cereja do bolo de toda essa história, mas o futuro da equipe, guiado pelo planejamento da organização e também pela comissão técnica formada por Xero e Dionrray, é promissor e a torcida pode esperar mais títulos num futuro próximo.

Veja também: CBLOL 2022: paiN leva mais de 20 torcedores para a Final

Vitor Ventura

por Vitor Ventura

Publicado em 22 de abril de 2022 • Editado há 2 anos

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