O calendário de torneios do VALORANT Champions Tour Brasil tem preocupado os jogadores e as organizações por conta da falta de competições durante boa parte do ano que englobem os times que estão fora do VALORANT Challengers. Para solucionar esta brecha de disputas, a Riot quer firmar mais campeonatos realizados por organizadoras parceiras.
Em contato com o Mais Esports, a desenvolvedora do VALORANT explicou seu planejamento para contar com mais competições no ano.
“Além de parcerias para o período entre as temporadas 2022 e 2023 (off-season), estamos conversando com parceiros para criar novos eventos recorrentes durante o ano como uma forma de complementar o calendário do circuito oficial de VALORANT. É por meio destas colaborações com organizadores qualificados de torneios e campeonatos que vemos o caminho para manter todo o cenário em atividade”, declarou a Riot.
Ainda em janeiro, a Riot deu início ao circuito para definir os 8 primeiros times classificados para o VALORANT Challengers 1 – principal competição nacional que acabará no dia 27 de março. O campeão disputará o Masters Reykjavik, enquanto o vice enfrentará o vice do LATAM no Last Chance Qualifier.
Em paralelo aos playoffs do Challengers 1, acontecem as seletivas para o Challengers 2. Portanto, ainda em abril, se esgotará as chances dos times se classificarem para a principal competição nacional. Organizações como MIBR, Los Grandes e Botafogo podem ficar com seus elencos de VALORANT parados por meses.
De acordo com o levantamento do VALORANT Zone, o cenário misto do FPS teve somente metade dos campeonatos no primeiro trimestre de 2022 em comparação com o primeiro trimestre de 2021.
A falta de torneios já tem surtido efeito nas organizações. Em menos de dois meses após contratar o elenco, a B4 Esports dispensou seus jogadores depois deles ficarem fora do Challengers 1.
Antônio Archer, CEO da B4, explicou a decisão. “O principal motivo foi a gente não ter alcançado os resultados que queríamos e a falta de um calendário competitivo. Não faz sentido ter um time que talvez só jogue 4 semanas no ano. Segundo minhas contas, caso não classificássemos pro main event do VCT, jogaríamos em stream somente 8 vezes no primeiro semestre, para um projeto de investimento de aproximadamente R$ 150 mil. Chega a ser bizarro”.