Quem acredita que jogadores de FPS se adaptam melhor a jogos do mesmo gênero estão corretos. Pelo menos é isso que acredita Ryotzz, jogador de VALORANT da TBK.
Em entrevista ao 2v1 Podcast, ele avaliou alguns outros pro-players, como s1mple, e falou sobre como o conhecimento prévio em CS:GO pode ajudar no VALORANT.
S1mple amassaria no VALORANT
Antes de mais nada, Ryotzz explica que mesmo que um jogador seja muito bom em CS, há um período de adaptação no VALORANT devido às diferenças de mapa, agente, armas, entre outras.
“Rápido não é. Leva um tempo de adaptação, de entender essas pequenas diferenças. O conceito de smoke é tranquilo, mas leva um tempo sim, não tem como. Um jogador de CS não vai entrar e em um mês já vai tá completamente em alto nível, quem quer que seja.”
Como exemplo, ele menciona s1mple, jogador ucraniano da Natus Vincere.
“Muita gente fala ‘ah se o s1mple migrar ele vai amassar todo mundo’. Mas o s1mple joga o VALORANT desde o beta, ele tá experimentando. Se ele migrar um dia, com certeza vai amassar. Mas digo um jogador que nunca jogou VALORANT, pode ser o melhor do mundo de CS. Se ele migrar imediatamente, ele vai levar alguns meses de adaptação e sofrer um pouco.”
Ensinamentos do CS
Para Ryotzz, muitos ex-jogadores de Counter-Strike conseguiram levar o que aprenderam no jogo para o Vavá, e estão aplicando bem os aprendizados no FPS da Riot.
“Eu acho que quem veio do CS traz bons conceitos que ajuda no alto nível, mas essa adaptação do cara do CS para entender o VALORANT demora um tempo e quando acontece, fica muito forte. A OpTic é um ótimo exemplo, quase todos os jogadores ali eram do CS, e eles entenderam o VALORANT muito bem. O coach deles é muito bom e era do CS também, e ele tem uma visão muito da hora de mudar a composição.”
Aprendizados do CS na TBK
O jogador ainda conta que ele e Luk, também jogador de VALORANT da TBK, sempre encabeçaram as estratégias do time e que muitas ideias vieram justamente dos tempos deles jogando Counter-Strike.
“Quando rola essa junção de entender o VALORANT e as coisas do CS, rola muito bem. No nosso time da TBK, a cabeça sempre foi eu e o Luk. Durante um bom tempo a gente meio que tentou jogar um CS ali dentro do VALORANT e a gente viu que aquilo funcionava, mas não era só aquilo. Daí pro LCQ a gente já virou um time que começou a adicionar os dois. Criou mais corpo de colocar táticas rápidas, utilizar melhor os recursos, de ser mais sincronizados nas execs, uma estrutura que dá pra usar o CS com o VALORANT bem jogado. Tipo, pegar coisas da DRX, da OpTic, times que inovam. Não sei se isso vai mudar, acho que a tendência é todo mundo ficar mais parecido nesse sentido, por mais que quem venha do CS comece a pensar mais no VALORANT e juntar as duas coisas.”
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