A INTZ se despediu do Mundial de League of Legends 2020 nesta segunda-feira (28). Apesar de ter vencido os norte-americanos da Team Liquid, conquistado uma sobre-vida e forçado um desempate contra a MAD Lions, os intrépidos vacilaram e foram derrotados pelo time europeu, dando adeus à campanha no torneio.
Após o tie-breaker, o Mais Esports conversou com Maestro, treinador da INTZ, que comentou sobre a campanha brasileira nesta edição do Mundial, os tropeços nos três primeiros jogos, a mentalidade dos jogadores e o aprendizado de mais um torneio internacional no currículo do coach.
“O jogo estava praticamente encaminhado, estava na mão. Se tivéssemos um pouco mais de disciplina, principalmente depois do Barão… Até o Barão estávamos jogando bem, usando as sides e a força da Camille para afundar visão, depois disso nós pagamos para ver demais, não confiamos que poderíamos perder se estivéssemos juntos, mas a composição deles era muito boa para segurar o jogo. Acho que alguns erros de engage, não respeitar a visão adversária, foi aí que começamos a perder a nossa vantagem”, avaliou Maestro.
Sobre uma possível insegurança durante as partidas, o treinador intrépido acredita que, nos primeiros jogos, houve uma soma de nervosismo, insegurança “de stage” e falta de decisão. “Sabíamos o que tínhamos que fazer, o que o adversário iria fazer e tínhamos bons setups.”
Ele cita, como exemplo, o jogo contra a Supermassive. “Contra a SUP jogamos muito bem o mapa, mas não puxamos o gatilho quando deveríamos e demos muito espaço. Para hoje nós conversamos e decidimos que não daríamos nenhum espaço. Foi o que fizemos contra a Team Liquid e contra a MAD. Não pode ir de qualquer jeito, tem que se planejar, tem que saber jogar LoL e foi o que fizemos, por isso tenho muito orgulho da postura dos meninos.”
MSI 2019 x Mundial 2020
Maestro também estava na INTZ quando a equipe foi ao Vietnã disputar o MSI em 2019. Na época, os intrépidos venceram só uma das seis partidas da Fase de Entrada e também deram adeus precocemente ao torneio. Ele traçou um paralelo entre as duas competições e destacou os aprendizados que aquele Mid-Season trouxe para o Mundial deste ano.
“São duas delegações bem parecidas de fato, a diferença é que hoje temos o Micao junto com o Mills. De lá pra cá, nós aprendemos muito essa questão de ser proativo, ser agressivo e tomar atitude primeiro. Acredito que o LoL recompensa cada vez mais isso. O jogo era muito mais lento antigamente e aprendemos a jogar mais rápido.”
O treinador completa, explicando a importância de se manter uma rotina durante a preparação para disputar um torneio internacional: “Manter a nossa rotina, nos manter juntos. É muito fácil dispersar, é muito fácil perder os costumes e isso faz diferença na hora do jogo. Tanto é que conseguimos boas apresentações hoje, apesar de não ter vencido contra a MAD.”
Eliminação e maior lição do Mundial
Com a participação brasileira finalizada neste Mundial, Maestro compartilhou o que ele considerou como maior aprendizado da campanha de 2020.
“Nós podemos tudo, basicamente. Hoje acreditei, há até poucos minutos eu acreditei, e ao mesmo tempo, é que todo esse hate não vale nada, nem para nós e nem para ninguém. Isso não ajudou em momento algum, então nós nunca vamos no basear no ódio de ninguém. A lição é: podemos tudo e temos que nos apoiar nas coisas positivas, só assim vamos para frente e só assim vamos conseguir.”
A INTZ volta para casa, mas o Mundial segue a todo vapor. Nesta terça-feira, temos os primeiros confrontos eliminatórios da Fase de Entrada. Enquanto Team Liquid e PSG Talon já se garantiram na Fase de Grupos, Rainbow7 x LGD e Supermassive x MAD Lions fazem as primeiras Md5 do Play-In. Os vencedores enfrentam Legacy e UOL, respectivamente, na quarta-feira (30) pelas últimas duas vagas nos grupos do Mundial.
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