Daniels é streamer de League of Legends já há vários anos, mas sua carreira não teve um início fácil. Seus pais eram contra ele largar a faculdade de ciência de computação para seguir carreira com LoL, e até o sonho de ser pro player quando era mais novo não chegou a vingar por conta dos vetos dos pais.
O criador de conteúdo contou essa e outras histórias no 2v1 Podcast, onde ainda explicou qual sua atual relação com a cidade de São Paulo.
Pais versus Daniels pro player
Daniels conta que apesar de ter jogado uma série no Circuitão, sua única experiência como jogador profissional, sua principal oportunidade de seguir carreira como player foi vetada pelos pais, que não queriam que ele saísse do Rio Grande do Sul.
Joguei profissionalmente só o Circuitão. Quando eu era mais novo, eu queria ser pro player. Aí a melhor oportunidade que eu tive foi quando o Espeon tava na KaBuM Black, que aí ele me chamou pra jogar no top. Não sei se era pra fazer teste ou jogar, mas meus pais veteram assim. Eles nem queriam pensar na possibilidade de eu sair do Rio Grande do Sul e vir pra São Paulo. Aí até deu bom, porque a KaBuM Black acabou dois meses depois, foi quando começou a regra de não ter mais de dois times no campeonato.
Para ser streamer também teve briga
Mas ele conta que mesmo para seguir a carreira de streamer foi necessário comprar algumas brigas com os pais, dessa vez porque eles não queriam que Daniels trancasse a faculdade, que ele cursou só um semestre. Quando ele ganhou contrato na KaBuM para criar conteúdo, foi quando as coisas começaram a mudar.
Se eu virasse pro player e desse merda, eu tava fudido, porque eu teria brigado com a minha família. Acabei brigando pra virar streamer também, mas foi mais estável assim. Eu fiquei por casa, comecei a ganhar dinheiro, e tranquei a faculdade. Falei ‘ô, vou trancar a faculdade por 1 ano pra ver’. Fiz 1 semestre de ciência de computação, aí ganhei um contrato da KaBuM. Lembro que acabando o ano ganhei o contrato de R$ 500 por mês, imprimi o contrato na sala de aula, e saí de lá falando que eu não voltava mais, falei que ia trancar a faculdade e virar streamer. Meti o louco, falei pros meus pais que eu tava ganhando R$ 2 mil por mês, que eu ia viver do meu próprio dinheiro, sendo que eu ganhava o mínimo da Twitch e os R$ 500 da KaBuM.
Pouco depois, as coisas começaram a dar certo:
Quando eu comecei a stremar, eu tava fazendo um curso, a faculdade e stream. Então eu ficava o dia inteiro nessa função, fazia menos live, tava sempre cansado. Aí quando eu pude só streamar foi quando deu uma engrenada legal nas lives, que daí eu fui contratado pela INTZ e vim morar em São Paulo.
Relação com São Paulo
Apesar de ter lutado para morar em São Paulo, Daniels conta que hoje não gosta tanto da cidade quanto gostava antes de morar na capital do estado.
Hoje em dia o pessoal percebeu que você paga R$ 2 mil a menos de aluguel e você precisa vir uma, duas vezes por São Paulo, você vem. Eu gostava muito mais de São Paulo quando eu não morava aqui, era muito mais divertido. Eu vinha pra São Paulo e queria fazer tudo. Hoje em dia você tá aqui, e tipo, vir pra cá [pro podcast] foi um parto, 40 minutos de Uber, já fiquei ‘puta merda, foda’. Aí rola dessas, eu tô em São Paulo e tem amigo meu que mora aqui que eu não vejo faz mó tempo.
Ainda sobre sua vinda para São Paulo, Daniels contou o porquê de ser contratado pela INTZ foi uma decisão boa e ruim ao mesmo tempo. Você pode assistir a entrevista completa com o streamer logo abaixo.
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