Muitos já conhecem o streamer e mono Evelynn da SoloQ brasileira, Keio. A popularidade do jogador cresceu consideravelmente após suas primeiras participações no torneio beneficente idealizado por Baiano, o CBOLÃO, e tal movimento o alçou a até ser a voz narradora de um vídeo oficial da Riot Games.
Após narrar as novidades da pré temporada pela publisher, Keio ainda foi campeão da 4ª edição do CBOLÃO com sua equipe de mono champions, os Eternos Protagonistas. Porém, quem acredita que o sucesso subiria à cabeça do estudante de medicina, estava bem enganado. Como ele mesmo contou ao Mais Esports, houve um cuidado com conteúdo e até com a própria imagem.
Quando as coisas começaram a estourar bastante, uma preocupação que eu tive era não ligar só para números, mas também com a qualidade do conteúdo que eu produzia e com a imagem que eu mostrava para o público e as marcas. Ver que eu tenho a confiança da Riot em fazer um vídeo de pré temporada, sinto que estou fazendo as coisas do jeito certo e fiz transparecer a imagem que eu queria. É uma realização.
O Passado de Keio
Apesar disso, o começo foi bem diferente de hoje, pois quando começou com as lives, Keio mal falava com o chat e sequer usava uma câmera. O streamer admite que era bastante tímido na época e carregava muitas inseguranças consigo, o que o impediam até mesmo de manter um bate-papo cotidiano com colegas da faculdade.
“As lives me ajudaram muito, e quem trabalha na internet sabe que tomamos porrada de gente que nem conhecemos, então no começo é bem maçante e desgastante, mas com o tempo se cria uma casca, e hoje sinto que consigo ser uma pessoa mais extrovertida, falar muito melhor e interagir melhor, graças totalmente às lives”, afirma Keio.
PRONTO, PODEM PARAR DE ME XINGAR, SAIU O VÍDEO DA BUILD DA EVELYNN 🤝
já assiste logo e n perde tempo pra aproveitar até nerfarem, porque isso ta simplesmente RIDÍCULO de forte.
(puder deixar o like + comentário la fortalece muito)
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— keio (@keiozinn) November 25, 2021
Dentro do jogo, há alguns anos, os jogadores conhecidos por utilizarem sempre o mesmo campeão em todas as partidas, os chamados “mono champions”, eram mal vistos pela comunidade, muito por conta dos pro players afirmarem que essa prática “mono” fazia mal à SoloQ brasileira.
Keio, entretanto, diz que nunca deu ouvidos a isso e se defende: “Sempre joguei por diversão, nunca tive a ambição de ser profissional.” Ele afirma ainda que, quando os monos teriam um time só para si na primeira edição do CBOLÃO, tanto Baiano quanto a comunidade em geral, os abraçaram.
“Viemos como azarões que todos estavam torcendo para representar bem. Então não tenho essa visão, mas com certeza depois do CBOLÃO, melhorou bastante e está mais tranquilo”, admite.
Keio Extrovertido
Como já falamos, as lives ajudaram Keio a mostrar seu lado mais extrovertido, além de vencer suas inseguranças, mas como isso ajudou na Faculdade de Medicina?
“Na questão de me relacionar com pacientes e outros colegas, esse bate-papo do dia a dia, o que parece tão bobo, eu tinha um bloqueio e as lives me ajudaram a levar isso no cotidiano”, explica. Não só isso, poder conversar com os pacientes torna o atendimento médico mais humanizado, algo que Keio afirma priorizar, assim como a UFMG, Universidade onde estuda para ser médico.
HISTÓRICO! UM TIME DE MONOCHAMPIONS CAMPEÃO DO CBOLÃO EM UMA FINAL DE MONOCHAMPIONS! CAMPEÕES INVICTOS!!!#CBOLÃO #lolzinhodeFibra@seara_brasil pic.twitter.com/PH79CyuL9X
— CBOLÃO 🧅🕵️♂️ Assista no YouTube 📺 (@CBOLAOgg) December 5, 2021
E para quem sonhava em ver Keio competindo com sua Evelynn nos palcos do CBLOL, não terá uma boa notícia. Ele é categórico em dizer que é a Medicina o seu grande chamado, não o League of Legends ou a competição esportiva. “Eu sinto isso mais no meio acadêmico, sendo um bom profissional e me destacar na medicina, sendo um bom streamer. Não acho que eu iria me realizar no LoL, prefiro direcionar essa competitividade para outras áreas.”
O ato da medicina no Brasil exige um grande comprometimento por parte do profissional, não só durante o período de estudos, residência e especialização, mas também no dia a dia do já graduado, com plantões e horários inconstantes. Keio admite que torce para nunca chegar o dia em que tenha que escolher entre Medicina e Lives e até diz que evita pensar nesse cenário.
Contudo, obedecendo ao chamado mais uma vez, ele reitera que apesar de acreditar que tal momento jamais chegue e que ele será capaz de conciliar os dois mundos, o foco principal é a medicina. “Acredito que eu tenha condições de conciliar ambos, nem que seja fazendo lives com menos frequência, mas caso aconteça, a prioridade é a medicina.”
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