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LTA Sul 2025: “Não esperava por isso”, diz Aoshi sobre saída da LOUD

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O treinador Aoshi foi uma das novidades da LOUD para a disputa do primeiro split da LTA Sul, junto a chegada de Wiz e Winsome. Porém, todos os novos integrantes deixaram a equipe, após pouco mais de 2 meses. Em entrevista exclusiva ao Mais Esports, o jogador falou sobre a experiência na equipe e os próximos passos. Confira alguns trechos na matéria a seguir:

A oportunidade na LOUD e o planejamento da equipe

Ao ser questionado sobre como era sua expectativa em, finalmente, comandar um projeto mais robusto, após ter um resultado expressivo com a INTZ no segundo split de 2023, Aoshi foi categórico:

Fiquei muito feliz e animado. Apesar de ter bastante tempo de cenário, ainda não tenho tantos anos atuando como head coach. Assumi essa posição em 2003, quando tive um desempenho interessante, mas 2004 acabou sendo um ano difícil. Por isso, estava ansioso para encarar esse novo desafio, em um contexto bem diferente do que eu vivia antes.

O técnico ainda falou que conseguiu opinar sobre as contratações de Wiz e Winsome antes delas serem concretizadas. Apesar de poder discutir outros nomes, ele preferiu respeitar o processo de scout que havia sido feito:

No final do ano, tive algumas conversas com diferentes times, mas o projeto da LOUD foi o mais atrativo, então seguimos em frente. Eles já tinham uma ideia inicial para a montagem da lineup e me inseriram nesse plano, então, sim, colaborei na formação do elenco, embora algumas peças já estivessem bem encaminhadas para serem escolhidas.

Quando digo que o projeto era mais atrativo, foi um pouco de tudo: questão de longo prazo, parte financeira, mas principalmente pela chance de ser campeão, o mais importante.

Optei por manter o que já estava sendo planejado. Eles já tinham o Venancio como coach, e ele continuou na comissão técnica. Ele também já havia feito um trabalho completo de scout, inclusive na busca por coaches, que foi como cheguei à equipe. Então, segui essa linha e preferi não me desviar muito do que já estava estruturado.

O treinador ainda expôs que os jogadores opinaram, mas a organização que comandou as contratações de 2025 para a line-up de LoL:

Mais da organização, porém, os jogadores também tiveram opinião, tiveram influência, que eu acho que é importante, querendo ou não, você tá jogando do lado da pessoa ali, precisa estar confortável e se sentindo bem com aquilo.

Como Aoshi lidou com a pressão e as adversidades para o primeiro split

Quando perguntado sobre como foi ter uma expectativa maior sobre os resultados de sua equipe, o técnico disse que sua experiência e perfil ajudam a lidar com esse tipo de questão:

Eu não sou muito ligado em redes sociais, então procuro evitar ser influenciado tanto pelo que inflaria meu ego quanto pelo que poderia me desanimar. Acabo sendo mais neutro em relação a isso. Além disso, tenho bastante tempo de cenário—já são 10 anos, indo para 11—e essa experiência me ajudou a lidar melhor com esse tipo de situação. Para mim, é algo mais tranquilo de administrar.

O treinador ainda trouxe mais detalhes sobre como foi a dinâmica de trabalho com a equipe para a LTA Sul, que teve um formato que permitia poucos erros, além da introdução do Fearless Draft:

Quando se trabalha com imports, normalmente há algumas limitações, como questões de viagem, e isso acabou afetando a gente. Em dezembro, eu queria começar os trabalhos, mas não era o momento ideal. Tínhamos cinco jogadores que estavam um pouco desgastados, vindo de vários anos seguidos de competição intensa.

Então, planejamos iniciar no começo de janeiro, mas tivemos problemas com a viagem do Route, o que causou atrasos e diversas dificuldades. Isso tudo coincidiu com um split que já era vida ou morte desde o início, tornando a situação ainda mais complicada.

Não acho que o Fearless nos impactou. Apesar de ser um estilo novo, acho interessante, tem jogos divertidos. No início, eu tinha uma visão um pouco mais negativa sobre o Fearless Draft e ainda acredito que, em MD5, ele não seja tão interessante.

Mas vejo pontos positivos, tanto para os jogadores—por ser algo mais lúdico, permitindo que joguem com mais campeões e mostrem mais do seu repertório—quanto para os espectadores. No fim, acabei gostando do novo modelo.

Na foto, o head-coach da LOUD, Aoshi
Foto: Reprodução/LTA Sul Flickr

A função de Aoshi como head coach e o fim da trajetória na LOUD

Em resposta sobre suas responsabilidades no comando técnico da Verduxa, o treinador afirmou que tinha uma função estratégica no planejamento da equipe, e que Sephis tinha mais funções ligadas ao gerenciamento de pessoas:

Quando tivemos toda a conversa, meu papel principal seria focado no planejamento — planejamento para o dia de jogo, planejamento de draft e coesão do time. Essa era a minha área de atuação.

Trouxe o Sephis porque não sou exatamente o cara que gosta de gerenciar muitas pessoas ao mesmo tempo, e, às vezes, não tenho tanto status nesse aspecto. Então, o Sephis ficou mais responsável por essa parte, conversando mais com os jogadores e criando uma ponte melhor com eles.

Quando questionado se esperava que, após o fim do primeiro split, ele teria a manutenção de seu cargo garantida, Aoshi foi sincero:

Com tantos anos de experiência em esportes, estou acostumado a ter o emprego sempre em risco, então nunca dou nada por garantido. Acho que isso deveria ser padrão para todos que trabalham no meio competitivo.

Mas, para ser honesto, eu não esperava isso. Eu realmente achei que teríamos mais tempo para trabalhar, para criar uma coesão maior e nos tornarmos um time melhor. Porém, senti que estávamos enfrentando dificuldades para treinar e evoluir, e isso foi se acumulando, virando uma bola de neve, até que acabou resultando nessa decisão de mudança.

Para finalizar, o técnico disse que segue aberto para novas propostas, e que busca está no mercado para encontrar uma equipe:

Estou aberto para propostas e procurando uma nova casa. Ainda quero continuar trabalhando com LoL, ser coach e estar envolvido com o competitivo.

Para ser sincero, não sei exatamente o que vai acontecer, não posso garantir 100% se vou conseguir ou não, especialmente porque é um momento difícil para fazer uma mudança ou trocar de equipe. Mas vou continuar buscando isso, que é o que realmente quero.

Apesar de ter algumas outras opções em mente, meu foco principal é esse.

Na foto, o head-coach da LOUD, Aoshi
Foto: Reprodução/LTA Sul Flickr

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Ian Teixeira

por Ian Teixeira

Publicado em 22 de março de 2025 • Editado há 2 dias

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