League of Legends teve seus altos e baixos nesses mais de 10 anos de história, mas com certeza Arcane é o topo de uma montanha com a vista linda demais para não se impressionar. E conseguimos avistar um horizonte com alturas mais belas daqui pra frente.
A série da Netflix marca uma nova era de League of Legends. Pra quem acompanha esse jogo desde que nasceu de uma inspiração ao DotA, com artes cartunescas de uma garotinha com um urso de fogo, acompanhadas de uma lore baseada em “esse boneco gosta desse” e um ping de 180ms, o LoLzinho escalou em seu próprio ritmo nos últimos anos.
Mas agora ele ativou a ultimate do Master Yi e simplesmente disparou rumo aos confins do sucesso.
Arcane expande League of Legends como nunca
O sucesso de Arcane é absurdo. O lendário diretor japonês Hideo Kojima elogiou sem fim a série. Estreou desbancando Round 6 na Netflix, pegou status de melhor série da plataforma no IMDb, teve 100% de aprovação no Rotten Tomatoes e superou mais de 34 milhões de horas assistidas na estreia. Até mesmo a música tema lidera por três semanas seguidas no Spotify.
Fato é que, com tanto sucesso, Arcane atingiu um público que sequer sabe das mil e uma tretas que aconteceram em Runeterra. E mesmo assim essas pessoas se apaixonaram por todo esse universo. Elas não precisam necessariamente jogar League of Legends para conhecer parte desse mundo maluco de magias, porradas e fadas.
Aliás, jogar League of Legends é que menos vai te fazer entender o universo de League of Legends hoje em dia.
As tramas dentro de Runeterra crescem como nunca dentro da Riot Games: tem bandas (Pentakill, True Damage e K/DA), tem jogos de tabuleiro, animações aqui e ali, tem um jogo de cartas e jogos focados em campanha singleplayer.
E essa extensão é ainda mais promissora nos próximos anos. Já vamos falar mais disso, mas será que deve parar por aí? E que tal livros? Filmes? Não duvidaria de nada.
Mas tem algo que muda também para quem já joga League of Legends há anos e mais anos…
O Smash Bros. invertido
Diferente de um Smash Bros. — o jogo de luta da Nintendo que reúne estrelas para entrar na pancadaria — League of Legends está fazendo um caminho inverso dessa brincadeira. É um jogo de pancadaria cujos personagens estão começando a estrelar outros jogos e mídias.
Arcane é só um dos exemplos dessa expansão, mas talvez o mais rico até agora. Quando Jinx, Vi e Caitlyn apareceram por Summoner’s Rift, havia todo aquele climão entre os campeões que mal era contado por um texto na página de cada personagem.
Talvez um vídeo ou outro ali mostrasse mais dessa profundidade, como o próprio anúncio da Jinx em 2013 que teve uma música toda especial e um clipe — um dos primeiros da própria Riot. Mas tudo ainda era limitado em 3 minutos de um videoclipe.
Arcane mudou isso completamente.
E não paramos por aí. Ruined King mostra toda uma jornada entre alguns desses campeões. Legends of Runeterra explora detalhes, personagens, interações, regiões e muito mais desses personagens. Teremos um jogo de luta que poderemos literalmente descer o cacete naquele boneco que você tanto odeia.
E vamos em diante no espaço-tempo até culminar em um MMO ousado que já está em caminho para explorar tudo que você pode imaginar dentro de Runeterra. Talvez o projeto mais ambicioso da Riot Games nessa nova era do LoLzinho.
Com tudo isso, o universo de League of Legends está se tornando maior do que o próprio jogo chamado League of Legends. Está construindo seu universo próprio assim como a Marvel, a DC e outros. E isso é extremamente promissor.
Está a caminho de se tornar uma marca sólida na cultura popular e ouso dizer que se aproxima de universos tão grandes dos videogames que você, seu pai, sua tia e até mesmo o cobrador do seu ônibus reconhecem.
Eles já conhecem Super Mario, Mortal Kombat, Assassin’s Creed e Street Fighter. Muitos nunca encostaram em nenhum desses jogos, mas reconhecem na hora se o Mario aparecer na tela.
League of Legends também se aproxima cada vez mais disso.