A torcida brasileira é conhecida por fazer grandes festas para seus jogadores durante campeonatos de esport no Brasil. No entanto, parte da comunidade internacional tecem críticas ao modo de vibração dos brasileiros. Ao Mais Esports, Gaules deu sua opinião sobre o assunto e foi taxativo ao dizer que o país mereceu grandes eventos em seu território.
Cobranças e merecimento
Gaules citou seu canal como o maior do esporte eletrônico do mundo, mas não em horas assistidas. Com isso, o streamer sente que trazer grandes eventos para o Brasil é um merecimento de toda a comunidade e não um favor que as organizadoras de campeonato fazem.
Existe uma responsabilidade de não baixar a cabeça. Hoje a gente tem o maior canal esporte eletrônico do mundo. Não é o maior canal em relação a número de horas assistidas, que é métrica principal, mas o maior não é de uma organizadora, publisher, desenvolvedora ou algum gringo, é o nosso canal. Há dois ou três anos, somos o principal canal de esporte eletrônico do mundo. Por isso, acho que existe essa possibilidade de saber que não é favor o que fazem para gente, não é favor trazer grandes eventos para o Brasil ou fazer algo pela comunidade, é merecimento.
Para Gaules, as críticas feitas durante a IEM Rio Major 2022 e no VCT LOCK//IN são infundadas. Para ele, o Brasil recebe uma grande pressão, que não se justifica. Uma vez que o país está recebendo grandes eventos em série pela primeira vez, não há como cobrar que seja o melhor torneio de todos.
Parece que tem uma cobrança de que o torneio que está acontecendo pela primeira vez aqui seja o maior ou o melhor de todos. O brasileiro tem um jeito de torcer, de se comportar de que o pessoal lá de fora não está acostumado. Eu não me importo muito em relação a como as pessoas olham, eu me importo com o respeito que as pessoas tem que ter em relação a nossa comunidade.
Em defesa da comunidade
Gaules não fica calado quando vê alguma injustiça com a comunidade do esporte eletrônico brasileiro. Quando o streamer nota alguma crítica que não tem fundamento, se vê na obrigação de mostrar a realidade para o mundo.
Sempre que eu vejo alguma coisa que fere isso, como aconteceu em algumas situações, eu me sinto na obrigação de mostrar que não é tão simples quanto o pessoal acha. Eles acham que vão colocar a gente em um lugar diferente, sendo que hoje a gente é referência na maioria dos assuntos de esporte eletrônico do mundo. Nossa comunidade, diferente das outras, vive do que tem aqui no Brasil. A gente não precisa do que tem lá fora para sobreviver em várias situações.
Além disso, Gaules afirmou que a comunidade brasileira não precisa de ídolos estrangeiros, uma vez que os brasileiros torcem e vibram com sua gente em seus jogos favoritos. O streamer também falou que se as organizações estrangeiras quiserem conquistar a torcida dos brasileiros, têm que merecer.
As comunidades do LoL, CS, VALORANT e vários outros jogos, já estão muito satisfeitas e felizes com o que tem aqui no país. A gente torce para os jogadores e times daqui e a gente não precisa ter vergonha nenhuma de ser assim. Com o tempo, as pessoas também têm que perceber que se eles querem que a comunidade do Brasil também torça pelos times de fora, eles têm que trabalhar. Não é um negócio que vai acontecer muito rapidamente sem eles fazerem nada. Existe também esse lado da comunidade de fora perceber que para eles terem um lugar aqui no coração das pessoas, eles têm que merecer.
Fala, Gaules!
Não foi apenas dos jovens talentos que Gaules falou. Na entrevista ao Mais Esports, o streamer também falou sobre seu estilo de transmissão, que se tornou um sucesso, que é copiado até por outros segmentos.
Gaules também discorreu sobre as jovens promessas brasileiras. Para o streamer, o fato de terem vivido boa parte da vida com influências positivas no esporte eletrônico, o Brasil tem tudo para ser melhor do que somos hoje.
Em alta na comunidade, o assunto CS 2 não faltou na entrevista. Gaules viu com bons olhos a nova atualização e está empolgado com o futuro do jogo e do cenário competitivo.