PlayHard, CEO da LOUD, saiu em defesa da torcida brasileira que esteve presente na grande final do VCT Lock In e vinha sofrendo críticas por ter deixado a arena antes da Fnatic levantar o troféu. O influenciador afirmou que os estrangeiros que estavam julgando a atitude do público “não aguentariam 2 horas no Ibirapuera” por conta do calor extremo e do barulho dos fãs.
Galera desmerecendo o Brasil, que a torcida não sei o quê. Irmão, com todo respeito, a gente tem que ir jogar lá em Istambul, em lá não sei onde, aguentar os gringos tudo batendo palma para o outro time. Se a gente ganhar, ‘ah, tamo junto e tal’. E a galera quer falar que a nossa torcida é ruim e não sei o quê. Com todo respeito, os gringos não aguentariam duas horas sentados naquele Ibirapuera, aquela gritaria maluca, o calor que estava, maluco passando pintado de verde, batendo a cabeça. Os caras não aguentariam. Isso eu fiquei meio indignado, disse PlayHard em uma de suas lives.
O cara que é gringo quer a todo momento que o povo dele seja melhor que o brasileiro em alguma coisa. O povo dele faz não sei o quê, o brasileiro é ruim, o brasileiro não é educado. Só que a gente torce do nosso jeito. Na hora que está em uma Copa do Mundo, todo mundo paga pau para a torcida do Brasil. Na hora de ver Libertadores, Mundial com jogo de Flamengo. Mas, na hora que o time dele ganha, ele quer que todo mundo fique batendo palma? Isso daí eu não acho certo. Fiquei meio de cara.
Se o jogador está entrando na pilha, quer ‘farpar’ torcida, está crescendo com aquilo e às vezes está jogando até melhor porque a torcida está contra, quer chegar no Twitter e falar que tem que bater palma para o outro time? Não, não tem, não. Se for qualquer time brasileiro contra qualquer time gringo, eu vou torcer pelo time brasileiro, vou bater palma demais e vou vaiar o gringo, porque os caras lá não sabem a dificuldade que é ter time de esports no Brasil. Eles acham que é tudo mil maravilhas.
As criticas diante da torcida brasileira já estavam acontecendo desde os primeiros dias do VCT Lock In. Por conta do baixo público presente nas partidas que não contavam com equipes brasileiras, muitos estrangeiros reclamaram nas redes sociais do VALORANT e fóruns do jogo.
Os comentários negativos cresceram durante a decisão entre LOUD e Fnatic. A torcida brasileira deixou a arena pouco depois do último mapa e poucas pessoas ficaram nas arquibancadas para prestigiar os europeus levantando o troféu, o que foi criticado por diversas pessoas, incluindo Tarik, que afirmou que eventos internacionais não retornarão ao Brasil se essa atitude continuar.
Isso está virando um tema comum, a torcida brasileira marca presença para assistir os seus times e seus jogadores, mas não mostram o mesmo amor para as outras equipes. Minha mensagem para a torcida brasileira é para que eles comecem a espalhar a palavra entre eles mesmos de que a Riot não vai trazer competições para o Brasil se isso continuar acontecendo, disse Tarik.
Isso é muito triste, não vou mentir, e odeio ter que tocar nesse assunto. Isso é real e não estou mentindo. O fato de que o time campeão está dando entrevista em frente a uma arena completamente vazia depois de uma performance incrível não é justo. Brasileiros, por favor comecem a mostrar mais amor para as equipes, porque se não a Riot não vai querer voltar e acho que estar aqui é importante. O Brasil é importante para o jogo e queremos estar aqui, mas vocês não podem continuar fazendo isso.
O VCT Lock In aconteceu entre os dias 13 de fevereiro e 4 de março na cidade de São Paulo. A competição foi a maior da história do FPS da Riot Games e contou com a participação de todas as 30 equipes aprovadas no sistema de franquias – entre elas as brasileiras LOUD, MIBR e FURIA -, e mais duas organizações convidadas da China.
Confira a repercussão da final do torneio:
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